Um encontro com o Espírito Santo

Uma experiência posterior à conversão, que provê um poder especial para sermos melhores testemunhas de Cristo.

Marcelo Díaz

“João lhes respondeu dizendo: Eu batizo com água; mas no meio de vós está um a quem vós não conheceis... E eu não o conhecia; aquele, porém, que me enviou a batizar com água, me disse: Sobre quem vires descer o Espírito e que permanece sobre ele, esse é o que batiza com o Espírito Santo” (João 1:26-33).

Falar do Espírito Santo, indubitavelmente, não é algo fácil, porque é falar do próprio Deus. Deus é vasto, é imenso. Só através de uma revelação de Deus podemos entender os seus caminhos.

Só Deus pode revelar-se a si mesmo, e de fato, ele o fez na pessoa de Jesus. João declara: «Eu batizo com água; mas no meio de vós está um que batiza com o Espírito Santo».

O batismo do Espírito

O batismo com o Espírito Santo foi um tema polêmico através do tempo na cristandade em geral. Nós que temos muitos anos no evangelho e conhecemos diversos contextos de fé, sabemos que uma concepção errada, leva a graves enganos na vida prática do cristão.

Os excessos ultra carismáticos, o fanatismo, as experiências místicas e distintas práticas sem fundamento bíblico provocaram resistência. Entretanto, não é por causa disto que omitiremos falar o que a Escritura certifica com tanta evidência.

Experiência e Escritura

Temos que destacar que existem alguns tópicos importantes na relação entre a experiência e a Escritura.

Primeiro, dizer que toda experiência não pode estar acima do que a Bíblia nos ensina; quer dizer que não se pode reclamar experiências que vão além do que está escrito. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Gálatas, adverte-lhes sobre o perigo de experiências espirituais angelicais às quais implicitamente chama de anátemas.

Infelizmente a história da igreja narra centenas de feitos desta natureza nas quais se evitam examiná-las pela Bíblia. Pelo contrário, interpretou-se as Escrituras a partir da experiência pessoal, e aqui justamente há um segundo engano, interpretar a bíblia em função de nossas experiências.

Em conclusão podemos reclamar algo que não exista na bíblia e buscar um apoio escritural, ou podemos ficar em algo muito menor à experiência do Novo Testamento reduzindo o ensino ao nosso pobre conhecimento e experiência.

Aquele que batiza com o Espírito Santo

João Batista, que batizava com água, faz uma declaração que nos coloca no tema de hoje: «No meio de vós está um a quem vós não conheceis… esse é o que batiza com o Espírito Santo».

O batismo de João é um batismo de arrependimento que submerge a pessoa em água dando início a uma nova vida, mas o batismo de Jesus com o Espírito Santo é um que nos encharca, nos submerge na pessoa de seu Espírito para uma vida de poder. Cristo tem um poder especial reservado para nos dar. Só ele tem a prerrogativa de nos encher com a vida do Espírito.

O batismo de João é um submergir a pessoa na água, que de algum modo simboliza ou tipifica a sua morte, para uma nova vida de ressurreição. O próprio Senhor ficou na fila dos pecadores para descer às águas do batismo e cumprir assim toda justiça. E João Batista, falando de Jesus, diz: «Esse é o que batiza com o Espírito Santo».

Experiência subjetiva

Hoje queremos falar da experiência subjetiva com o Espírito, não do conhecimento objetivo com respeito à obra do Espírito na igreja e no crente. Daremos um passo mais à frente, para falar de um encontro emocional, intelectual e volitivo, de uma experiência que passa pelo crente ao perceber e se sentir submerso nele.

Claramente, esta é uma experiência do Novo Testamento; não é uma experiência carismática própria apenas de algum contexto de igreja, ou de uma época. É uma vivencia que está registrada nas Escrituras para testemunho a todos nós, cujas evidências e resultados naqueles que a experimentaram transformou as suas vidas e entorno.

Felizmente para nós, o Novo Testamento contém muito ensino a respeito. Livres de preconceitos, consideremos algumas delas, para procurar inspiração na experiência dos primeiros cristãos.

Em primeiro lugar gostaria que observássemos o início do ministério do Senhor como um modelo para os filhos de Deus. Existe aqui uma interessante sequencia de fatos a serem destacados.

O batismo nas águas

«O Espírito do Senhor está sobre mim» (Luc. 4:18). Com estas palavras, Jesus iniciou o seu ministério cheio da graça de Deus. Mas, antes dessa ação, houve um batismo.

Jesus, em seu encontro com João Batista, sabendo a vontade do Pai, se coloca na fila dos pecadores, igual ao restante, para ser batizado. João diz que ele deveria ser batizado pelo Senhor. «Mas Jesus lhe respondeu: Deixa agora, porque assim convém que cumpramos toda a justiça» (Mat. 3:15). E João o batiza nas águas.

Neste preciso momento, por causa da obediência e humildade de Jesus, o coração do Pai se inunda de gozo e do alto rasga os céus para pronunciar as palavras mais belas escritas no Novo Testamento: «Este é meu Filho amado, em quem tenho complacência». E junto a isso, envia o Espírito Santo em forma de pomba, para pousar definitivamente sobre Jesus e fazer nele sua morada.

Assim se inicia a vida pública de Jesus. Posteriormente, começa a manifestação do ministério em Nazaré. O Senhor entra na sinagoga, toma o livro e lê as palavras do profeta: «O Espírito do Senhor está sobre mim». Assim dá início ao seu serviço, tendo sido batizado nas águas e tendo recebido a unção do Espírito Santo.

Isto parece ser uma figura e uma sequência do que é também nossa vida na experiência cristã – arrependimento, salvação e poder do alto.

Recebereis poder...

Nos últimos capítulos do evangelho de João, o Senhor, já ressuscitado, aparece aos discípulos e lhes diz algo muito especial. «Paz seja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio. E havendo dito isto, soprou, e lhes disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; e a quem os retiverdes, lhes serão retidos» (João 20:21-23).

Dez dias antes do Pentecostes, o Senhor lhes dá a vida do Espírito, antes do revestimento de poder no acontecimento da vinda do Espírito Santo em Atos capítulo 2. O Senhor sopra sobre os discípulos compartilhando a sua Vida (Espírito), e acrescenta umas palavras em relação à remissão dos pecados. Notem que interessante. Quando o Senhor sopra, alguns chegam a dizer que é como a mesma intervenção que Deus fez quando criou e soprou fôlego de vida sobre o homem. Soprou o Espírito; deu-lhes vida.

Vejamos, em algumas passagens no livro dos Atos, esta experiência nos crentes, que é também a experiência da igreja, para tomarmos posse do que é nosso.

«Mas recebereis poder, quando tiver vindo sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia, em Samaria, e até os confins da terra» (Atos 1:7-8).

E em seguida, no capítulo 2, ocorre que de repente vem o estrondo de um vento impetuoso, enche-se a casa de uma presença sobrenatural, e todos os que estavam reunidos ali foram cheios do Espírito, submersos, inundados da glória do Espírito Santo. E desde esse momento, receberam uma força inusitada, um poder que lhes deu autoridade e coragem para serem testemunhas de Cristo uma e outra vez.

Isso é o que nós conhecemos como o batismo com o Espírito Santo, a capacitação para sermos testemunhas (Grego mártires) de Cristo.

Vencendo preconceitos

Quem tem ganho esta experiência, sabe que não há coisa mais gloriosa nesta terra que ser cheio, ser rodeado pela presença de Deus, envoltos em amor e poder, onde todo o ser vive a experiência de sentir-se mais próximo do céu. Sem dúvida, é uma sala de espera ao que viveremos na eternidade.

Cremos que esta experiência é para os crentes de hoje. Infelizmente, a nossa história, nossos preconceitos em relação aos excessos ultra carismáticos, nos atrapalharam na aproximação ao batismo com o Espírito Santo. O medo ao sobrenatural, ao incomum ou fora do que é normal e à desordem, privou a muitos, reduzindo a sua experiência cristã a conformar-se com algo inferior ao que nos oferece nas Escrituras.

Creio no batismo com o Espírito Santo, não só porque o vejo nas Escrituras, mas porque o tenho vivido. Recordo bem, no início da minha carreira cristã, ter recebido a convicção de tal batismo, com um gozo indescritível. Penso que foi isto o que me permitiu ter força suficiente para ser categórico em relação às demandas do mundo e ser testemunha do Senhor. Sem esta vivência pessoal, não teria sido capaz de me separar do mundo e muito menos falar em seu nome.

Há algo aqui que creio que não devemos perder. Deus está disposto a ir além conosco no relacionamento. Deus quer aprofundar a sua vida conosco, além do que temos visto, entendido e experimentado até o dia de hoje. Irmãos há mais de Cristo.

Uma experiência transformadora

É a experiência com Cristo em seu Espírito que transformou os discípulos. Foram todos cheios do Espírito Santo, e falavam as maravilhas de Deus, profetizavam, e alguns falavam em línguas. Foram investidos de uma força interior inusitada, de autoridade, poder e coragem.

No livro de Atos é, sem dúvida, onde mais registros encontramos da experiência cristã com o Espírito.

Pedro era um homem covarde; todos eles eram. E, de um dia para o outro, as suas vidas foram transformadas. Não foi somente o ato simples da salvação, onde começa um processo de Deus conosco como filhos. Mas existe algo adicional, que nenhum de nós deve perder, isto é, que foram todos cheios do Espírito Santo, e falavam as maravilhas de Deus, profetizando e falando em línguas. E lhes vinha uma força interior, uma autoridade, um poder, uma glória, um encher a boca de palavras.

Há algo mais que Deus quis nos dar, para revestir à igreja, para que seja seu poder em nós, e que é prerrogativa de Cristo, o qual batiza com o Espírito Santo. Louvado seja o Senhor!

A Palavra e o poder

Atos capítulo 8 registra a experiência de Felipe em Samaria. Ele era um dos diáconos em Jerusalém. Cheio do Espírito, ele teve valentia para falar de Cristo naquele lugar. Os apóstolos estavam longe, em Jerusalém, e as comunicações naquele tempo não eram como hoje. As notícias demoravam dias para ir de um lugar para outro.

«Quando os apóstolos que estavam em Jerusalém ouviram que Samaria tinha recebido a palavra de Deus, enviaram para lá a Pedro e a João; os quais, tendo vindo, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; porque ainda não tinha descido sobre nenhum deles, mas somente tinham sido batizados no nome de Jesus. Então lhes impunham as mãos, e recebiam o Espírito Santo» (Atos 8:14-17).

O interessante aqui, é que um grupo de pessoas recebe a Palavra e em seguida, depois de dias ou talvez semanas, são revestidas de poder ao receber, por imposição de mãos dos apóstolos, o Espírito Santo.

O registro nos mostra que é evidente a experiência da plenitude do Espírito, ao ponto que Simão o mago, observando o que os crentes experimentavam desejou humanamente obter tal poder. Quando estes homens receberam o Espírito Santo, algo ocorreu neles. Houve uma mudança, uma glória, uma autoridade, um poder; houve palavras que glorificavam ao Senhor, houve uma experiência visível.

Saulo e o Espírito

«Então Saulo se levantou da terra, e abrindo os olhos, não via a ninguém; assim, levando-o pelas mãos, o colocaram em Damasco, onde esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu» (Atos. 9:8-9).

Quando o Senhor apareceu a Saulo, este ficou cego e fraco. Nesses três longos dias, ele teve tempo suficiente para se arrepender e falar com Deus. Então, o que o Senhor faz? Não só lhe dá a salvação, mas também o reveste de poder para ser testemunha dele.

«Foi então Ananias e entrou na casa, e impondo sobre ele as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinha, enviou-me para que recobre a vista e sejas cheio do Espírito Santo. E no mesmo instante lhe caíram dos olhos como escamas, e recobrou imediatamente a vista; e levantando-se, foi batizado» (Atos 9:17-18).

Isto, aqui, é ao contrário. O Espírito Santo veio sobre ele, e depois foi batizado. O Espírito Santo o encheu e lhe devolveu a vista, e Paulo foi transformado, revestido com poder.

Paulo não teria sido capaz de fazer tudo o que fez se não tivesse sido enchido com o poder do Espírito Santo. Nós nos admiramos da sua coragem; com que autoridade ele é capaz de enfrentar os reis e quem foi.

Entretanto isso não teria sido possível sem a graça de Deus. Não foi a formação de Paulo, nem os atributos de sua personalidade, foi a obra do Espírito.

No que foram batizados…?

O livro de Atos dos Apóstolos seria melhor descrito como Atos do Espírito Santo. Em todo este livro está claramente evidenciado este derramamento especial que Deus dá à igreja, para ser testemunhas de Jesus Cristo. Vejamos um último exemplo.

Em Atos 19, Paulo encontra em Éfeso um grupo de irmãos que se converteram, evangelizados por Apolo.

«Aconteceu que enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, depois de percorrer as regiões superiores, veio a Éfeso, e achando a certos discípulos, disse-lhes: Recebestes o Espírito Santo quando crestes?» (Atos 19:1-2). Estranha esta pergunta! Nós diríamos: «Claro, se alguém creu, é salvo, e é selado pelo Espírito Santo. E ponto».

«E eles lhe disseram: Nem sequer ouvimos que há Espírito Santo. Então disse: No que, pois, foram batizados? Eles disseram: No batismo de João. Disse Paulo: João batizou com batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cressem naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus o Cristo. Quando ouviram isto, foram batizados no nome do Senhor Jesus. E havendo Paulo lhes imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam em línguas, e profetizavam» (Atos 19:2-6).

Que curioso esta passagem. Paulo se encontra com um grupo de crentes que não sabiam nada do Espírito Santo. Então ele os batiza, impõe-lhes as mãos, e vem o Espírito Santo sobre eles.

Há mais de Cristo

Ao seguir lendo o livro dos Atos, vemos experiências preciosas dos primeiros discípulos. Recordem o caso de Cornélio. Enquanto Pedro estava falando, o Espírito Santo desceu sobre os que estavam com ele, e estes profetizavam e louvavam a Deus.

Que poder, que glória, que maravilha é a presença de Deus em seu Espírito, que está na igreja! Bendito é o Senhor! Irmãos, há algo mais de Cristo que talvez nós estejamos perdendo. Porque o Espírito Santo vem para revelar e mostrar tudo de Cristo. Essa é sua missão no crente e na igreja: nos levar a Cristo.

Gostaria, nesta exposição, livrar muitos crentes do conformismo espiritual ou dogmático em relação ao Espírito Santo ou de algumas experiências cristãs traumáticas pelo excesso de alguns, pelo equívoco de outros. Não suceda que estejamos perdendo algo precioso do Senhor preparado para nós.

Diz Paulo aos gálatas: «Tantas coisas padecestes em vão? Se é que realmente foi em vão. Aquele, pois, que lhes ministra o Espírito, e faz maravilhas entre vós, o faz pelas obras da lei, ou pelo ouvir com fé?» (Gál. 3:4-5). Aquele que ministra o Espírito faz maravilhas e produz coisas incomuns, na aparência estranhas ao raciocínio humano. Porque onde há fé, o Espírito Santo opera. A palavra, que nunca vai separada do Espírito Santo, opera no crente.

Ao dizer ‘coisas estranhas’, não refiro a algo mau, mas distinto a nossa estrutura racional tão rígida. Devemos nos abrir ao sobrenatural, à soberania de Deus, onde o Espírito Santo produz na vida dos crentes coisas preciosas que inclusive transpassam as leis físicas, para expressar a Sua glória.

Por que não pode ocorrer isso em nós? Deus pode fazer algo assim? O Espírito Santo pode nos capacitar naquilo que somos limitados, e nos revestir de poder? Pode nos dar os recursos que necessitamos para fazer o que ele quer? Sim, ele pode. E mais, ele quer. Leia o livro de Atos de novo; o que ocorre ali não é só para aquele tempo, é para a igreja de hoje, «para quantos o Senhor nosso Deus chamar» (Atos 2:39). Necessitamos dele!

Uma sala de espera ao céu

Alguns se complicam com a vinda do Senhor; se é antes ou depois da tribulação, e tantas outras coisas. Mas o importante é que o Senhor vem. Quanto ao batismo do Espírito, pergunto: Que manifestação tem ou como ocorre o batismo no Espírito Santo? Não sabemos. E isto não é motivo de discussão. Mas que há um revestimento especial de Deus para seus filhos, sim, categoricamente, há.

O Espírito Santo está disposto dia e noite para encher os nosso coração de todas as riquezas de Cristo. Deus quer que tenhamos uma experiência maior com ele. Sim, Deus o quer. Do contrário, nos tornaremos como esses crentes indiferentes, que se sentam nos bancos, que sabem muito do evangelho, que estão vivendo com muita dificuldade uma vida cristã, mas não têm uma experiência espiritual real e não gostam do dom da graça subjetiva, a qual ninguém e nada pode tirar.

Leiam a vida dos antigos crentes, os grandes servos de Deus. Todos, de alguma ou outra maneira, experimentaram algo similar, e o explicam assim, como uma sala de espera ao céu. Inclusive dos mais tradicionais e fundamentalistas, até os mais liberais, todos ou a maioria deles tiveram uma experiência própria com o Espírito Santo, que marcou as suas vidas.

Se você não a tiver, insisto que você deve procurá-la. Se estamos aqui hoje, é para nos consagrar, para procurar o Senhor, para estar com ele, para escutar a sua palavra e para que ela nos toque, para senti-lo com os olhos da fé, para receber mais de Cristo. Aproveitemos este tempo. Deus quer de verdade nos tocar.

Tempo de aprendizagem

Por isso, entendo as palavras de Paulo à igreja em Éfeso: «Não entristeçais o Espírito Santo» (Efésios 4:30). Parece que essa é uma dimensão individual, dirigida a cada crente. Entristecer o Espírito Santo é saber que o Espírito Santo te falou e o está mandando a algo, e você não faz; sabe o que é fazer o bem e não o faz. Mas, à igreja em Tessalônica, falando em seu conjunto, e referindo-se ao culto, às reuniões, diz-lhes: «Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias» (1ª Tes. 5:19-20).

Disponhamo-nos, primeiro, a criar um ambiente de fé, a crer que Deus pode fazer isto. Sim, Deus o pode fazer. A Palavra atua onde há fé, e o Espírito opera onde há fé.

Tem sido falado neste tempo dos dons e das manifestações do Espírito Santo, e estamos todos em um processo de aprendizagem, conhecendo o mover de Deus na igreja. Revisemos até nossas formas de culto. Então, se um irmão se dispuser e percebe que o Espírito Santo o está movendo a dizer algo, a expressar um dom, uma profecia, uma palavra de conhecimento, poderá fazê-lo, e outros receberão com respeito aquela manifestação espiritual.

Tenhamos respeito uns aos outros. Dizemos isto porque há muitos irmãos que tem sentido o Senhor, que receberam o Espírito Santo, mas não se atreveram, por vergonha ou por temor ao ridículo. Não se atreveram, e tem se omitido. E o Espírito do Senhor não pode se manifestar em plenitude. Se nos comprometermos a fazer um ambiente de respeito, de amor, então nos atreveremos, e o Espírito do Senhor terá maior liberdade.

Descartemos todo medo, porque entre nós há irmãos mais velhos, sábios, entendidos na Palavra, que com amor nos corrigirão se ocorrerem excessos, nos ajudando a administrar o que Deus nos deu, para que tudo na igreja seja com ordem, como está escrito.

O Senhor nos batize com o Espírito Santo e com fogo.

Síntese de uma mensagem oral ministrada em El Trébol, Chile, janeiro 2015.

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