O protagonismo do Espírito Santo

O Espírito tem sido paciente, suportando nossas imperfeições e pequenezes;
ternamente, ele clama por seu espaço... a nosso favor.

Gonzalo Sepúlveda

E de repente veio do céu um estrondo como de um vento impetuoso que soprava…” (Atos 2:2).

Sem dúvida, para todos nós, o dia de Pentecostes marca a história da igreja, pois tudo o que temos –esta fé preciosa, o gozo de viver em Cristo, a consciência de nosso chamamento celestial– teve ali o seu ponto de partida.

Nosso Senhor Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos, passou da terra para o céu, assumiu a sua posição como Sumo Sacerdote e vive intercedendo por nós à mão direita do Pai.

Este é um fundamento básico. Tal é a posição atual de nosso Senhor hoje, exaltado nos céus e, ao mesmo tempo, o Espírito Santo é derramado, como consequência e confirmação deste fato.

Função oficial

A partir do dia de Pentecostes, o Espírito Santo veio ocupar oficialmente a sua função na terra. O Pai disse a seu Filho: «Assenta-te a minha mão direita, até que ponha a teus inimigos por estrado de teus pés» (Heb. 1:13). Este é um fato espiritual irrefutável, como o é também o fato da presença real do Espírito Santo habitando na igreja.

Na vida de Jesus

Quão refrescante tem sido nestes dias ouvir a palavra da manifestação do Espírito Santo na vida de nosso Senhor Jesus Cristo! (Atos. 10:38). Tenhamos muito presente esse fato: que todas as suas obras foram feitas por meio do Espírito Santo. O reino e a autoridade de Deus estiveram plenamente manifestas na vida de Jesus de Nazaré, o homem. Ele é o Verbo que se fez carne, e o Espírito não teve obstáculo para expressar-se através de sua pessoa, seja para falar ou para se calar.

Como vemos nos evangelhos, alguns dos seus discursos foram extensos e profundos, como o chamado Sermão do Monte e as parábolas. Algumas de suas palavras foram duras, como a repreensão aos escribas e fariseus registrada em Mateus capítulo 23. Diante de Herodes, nada falou (Lucas 23:9), e diante de Anás e Pilatos só respondeu o estritamente necessário. Diante do diabólico gadareno falou apenas uma palavra: «Ide», e o efeito foi imenso.

Tudo o que fez ou deixou de fazer foi mediante o poder e conselho do Espírito. Não houve impedimento para a sua manifestação, no maior e nos menores detalhes. Que controle, que reverência, que equilíbrio, que perfeição a do nosso Mestre!

Em corações imperfeitos

Mas a graça do nosso Deus é tão grande, que agora o Espírito Santo habita em corações tão imperfeitos e disformes como os nossos. Na igreja, o Espírito teve que conviver com divisões, com dores, com ofensas, com heresias, com imitações e falsidades. No entanto, ele veio para ficar; foi e será paciente, até que a sua missão seja cumprida.

Nosso Senhor Jesus Cristo esteve na terra até completar a sua missão. Quando a sua obra foi consumada, ele apenas ficou esperando ser recebido e retornar à sua glória. Então orou: «Pai, acabei a obra que me deste para fazer», e subiu à mão direita do Pai. Por outro lado, o Espírito Santo esteve estes dois mil anos na terra e ainda a sua obra não está concluída. Quando esse dia chegar, já não será necessário que continue presente na terra; então será retirado deste mundo, e passará para outra era.

Maior promessa

A. J. Gordon, conhecido autor cristão, disse que uma das maiores promessas que tem sido feita ao ser humano, é quando o Senhor disse: «Aquele que me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará e viremos para ele e faremos morada com ele» (Jo. 14:23).

Não há promessa mais maravilhosa que esta. E isto só seria possível se o Espírito Santo pudesse vir. As condições se deram –o precioso sangue do Cordeiro foi derramado, o Senhor foi ascendido– e hoje nós somos as pessoas mais privilegiadas da terra. Fomos chamados para sermos a casa de Deus e para sermos a esposa do Cordeiro.

Esta promessa de vir fazer morada se cumpre em todo aquele que invocou seriamente o glorioso nome do Senhor. Todos os que são de Cristo, lavados com o seu sangue, estão entre eles.

A experiência de Pedro

Em Atos capítulo 10 temos o relato da experiência de Pedro sob o governo do Espírito. Ele tinha subido ao terraço para orar, quando viu o céu aberto e o lençol com os quadrúpedes.

É notável o protagonismo do Espírito nos versículos 19 e 20: «E enquanto Pedro pensava na visão, disse-lhe o Espírito: Eis aqui três homens o buscam. Levanta-te, pois, e desce e não duvide de ir com eles, porque eu os enviei». O apóstolo teve o especial privilégio de ouvir o Pai no monte da transfiguração, de ouvir o Filho muitas vezes e também de ouvir o Espírito Santo.

Pedro nada sabia dos homens que lhe buscavam, mas o Espírito estava fazendo os acertos para esta experiência. A mensagem aqui é muito clara. Pedro foi sensível e obediente à voz do Espírito Santo. Como se perdeu isto na história da igreja e como deveríamos suspirar para que se restabeleça!

Devemos reconhecer que muitos de nós nos desanimamos ao ver os frutos de quem presume ter ouvido o Espírito e, passado o tempo, comprovar com dor que aquilo não foi senão uma mera fraseologia espiritual. Não obstante, a experiência de Pedro nos fala de algo genuíno, e nós devemos aspirar para vermos manifestações autênticas do Espírito, cujo fruto é evidente.

Também devemos nos encher de esperança, pois hoje, com a experiência acumulada no Senhor, haverá maior maturidade na igreja para discernir estas coisas. Ninguém que realmente ouve o Espírito vai contradizer a sã doutrina revelada nas Escrituras a respeito da pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo ou a respeito da autoridade da palavra escrita. O Senhor nos dê discernimento para filtrar qualquer manifestação estranha que possa trazer dor ou confusão à casa de Deus.

Protagonismo do Espírito

Retornando ao relato de Atos 10, podemos ver até com mais intensidade o protagonismo do Espírito Santo. Pedro apenas começava o seu discurso quando o Espírito «caiu sobre todos os que ouviam». Então, já não se pôde impedir o curso dos acontecimentos. E mais tarde, quando teve que dar explicações do ocorrido, Pedro diz resolutamente: «Quem era eu que pudesse estorvar a Deus?» (Atos. 11:17).

Observemos a sujeição de Pedro ao Espírito. Quem tomou a iniciativa do primeiro momento foi o próprio Deus. Cornélio não fez além de buscar a Deus de coração sincero, e a resposta veio através de um anjo. E Pedro, sem saber o que estava ocorrendo, foi movido pelo Espírito Santo para orar.

Este é um ponto importante: Pedro estava orando. O seu espírito estava sensível às instruções do Senhor. Aqui há uma lição para nós – não veremos o agir do Espírito Santo se não viermos em oração diante do Senhor.

Logo que Pedro obedece e vai com os servos de Cornélio, o Espírito volta a intervir de forma soberana e acontece algo que ninguém esperava. Contra todo prognóstico, o Espírito enche os gentios da mesma maneira como o foram os discípulos judeus que esperavam a promessa no dia de Pentecostes.

O apóstolo tinha essa experiência ainda muito fresca em sua memória e, portanto, soube reconhecer imediatamente do que se tratava o que ocorria. Negar esse fato ou pô-lo em dúvida teria significado lutar com Deus mesmo, e ele não podia fazer isso. Então Pedro não teve nada mais que fazer a não ser colocar-se atrás do Espírito, e ordenou que os novos crentes fossem batizados, sem importar as consequências.

A nós hoje

O Espírito Santo hoje está nos dizendo: «Deixem-me atuar, e verão o que ocorrerá». Deus quer que se recupere nas igrejas locais o protagonismo do Espírito Santo.

Nestes dias ouvimos que o Senhor quer fazer as mesmas coisas, pois ele não mudou. E depende de nós, se dermos ouvidos ao que o Espírito está falando nestes dias finais. Ele está habitando em uma igreja frágil, que com facilidade se acostuma a certas formas –formas de conduzir uma reunião, formas de governo ou de administração–, coisas secundárias que costumam ser zelosamente defendidas, mas que não são essenciais na vida da igreja.

Irmãos influentes

Precisamos recuperar o protagonismo do Espírito registrado em Atos 10. Que o Senhor permita que seus servos –obreiros, anciões, diáconos, colaboradores– atentem para este chamado. É importante enfatizar este ponto, pois normalmente quem é responsável pelo estado da igreja e do rumo da obra são os irmãos influentes nas igrejas locais. Eles são os que devem entender, entesourar e aplicar a palavra.

Em cada igreja há muitos irmãos fiéis e simples, que estão presente tanto nos bons tempos como nos dias mais duros. Não há problema com eles. O problema costuma estar nos que sabem mais, os que se instruem e compreendem melhor a vontade do Senhor. Eles são os responsáveis pelo rumo da igreja. São eles que devem tomar a palavra e chamar a todos para dar atenção: «Irmãos, esta palavra temos que vivê-la; não desprezemos esta oportunidade de agradar ao Senhor».

Não entristeçais

O Espírito está presente na assembleia dos crentes. Mas sabemos que no Novo Testamento há ao menos três atitudes negativas com respeito a ele: Resistir, entristecer e apagar o Espírito. Talvez resistir ao Espírito não seja algo tão aplicável a nossa realidade. De fato, reunimo-nos, colaboramos e prestamos culto ao Senhor. Não estamos resistindo, ao menos em forma aberta ou decidida. Mas algo que temos feito sim é entristecê-lo e de alguma forma também o apagamos.

Apagar implica que houve um fogo aceso, e o fogo fala de poder e autoridade. Mas, quanto a entristecer ao Espírito, está muito claro em Efésios 4:30-32: «Tirem de vós toda amargura, cólera, ira maledicência e toda malícia...».

Nós sabemos em que ponto estamos entristecendo o Espírito. Não nos enganemos. Aqui só podemos mencionar algumas coisas gerais, mas cada um é responsável diante do Senhor. Quando guardamos rancor e demoramos em perdoar, quando não viramos a página e seguimos recordando antigas rixas, quando temos julgamentos e condenação uns contra os outros, então se entristece o Espírito e perdemos a sensibilidade à sua voz.

As distrações do tempo presente também são coisas nas quais o Espírito não está contente. Hoje, conectados a internet, à TV a cabo, às redes sociais, há muita imagem grotesca que passa diante dos nossos olhos e entristece ao bendito Consolador. A presente geração está entretida demasiadamente, e é um terreno muito bem dirigido pelo inferno, para trazer dor, fracasso e morte entre os santos.

Tribulação e prosperidade

No tempo presente, as maiores dificuldades não vêm dos irmãos que sofrem enfermidades ou diversas tribulações. Se você atentar, eles costumam sair fortalecidos; a provação lhes faz se apegar ao Senhor e ao Corpo aonde procuram para auxílio. Outros, ao contrário, tem sido prósperos em seus estudos e trabalhos, estão cheios de planos, contentes com as coisas materiais e os lucros humanos; mas, tristemente, não se vê muito de Cristo neles, e até suas conversas costumam ser triviais.

Amados, é tempo de reagir e levantar-se para proclamar que a única coisa que realmente importa nesta vida, é viver em Cristo, encher-se de Cristo e esperar a vinda do Senhor. Todo o resto é secundário, passageiro. Nós estamos aqui para reclamar as promessas de Deus no meio de uma geração que se esqueceu de Deus e temos que clamar para que o Seu eterno propósito tenha entre nós pleno cumprimento.

O Espírito Santo é entristecido quando colocamos em primeiro lugar outras coisas e não ao Senhor Jesus Cristo. Que aprendamos esta lição. A igreja não pode girar em torno de pequenezes. Nossas orações como igreja devem ser: «Senhor, nos revele no que estamos lhe entristecendo».

Um rogo

Roguemos que o Espírito recupere o seu protagonismo no meio das assembleias, que sejamos sensíveis para reconhecer quando realmente ele nos fala, pois quando o Espírito preside ocorrem coisas que ninguém espera. Os resultados superam com acréscimo o esperado.

Quando os primeiros cristãos pregaram e viveram a palavra, conseguiram influenciar poderosamente a sociedade, porque a sua palavra foi acompanhada de milagres irrefutáveis e porque levavam uma conduta santa, piedosa, justa e misericordiosa que respaldava a mensagem. O caráter e a santidade que refletiram aqueles servos do Senhor fez com que as pessoas cressem e a obra de Deus prosperou no meio de uma sociedade cruel e desumana. Aprendamos com os fiéis da história.

A última glória

Na profecia de Ageu, há uma palavra muito conhecida: «A glória desta última casa será maior que a primeira» (2:9). Convém-nos falar de como foram as coisas no princípio, para em seguida podermos nos levantar e reclamar esta promessa.

O acerto é o Senhor que tem que fazer nos corações – o Espírito Santo precisa recuperar o protagonismo. O Senhor Jesus tem que ocupar o primeiro lugar em nossas vidas, então o Espírito Santo estará contente. O Senhor está nos desafiando nestes dias, como dizendo: «Se vocês fizerem estes pequenos ajustes, verão o que ocorrerá. Se se arrependerem e abandonarem o oculto, o vergonhoso e todas aquelas coisas secretas aos olhos dos homens, se as deixarem e me derem espaço, verão o que ocorrerá».

O Espírito em Antioquia

Vejamos Atos capítulo 13… para lê-lo e chorarmos juntos com esta lição. Temos aqui cinco homens na presença do Senhor. Conhecemos bem a dois deles, Barnabé e Saulo, mas aos outros três, Simão, Lucio e Manaém, somente são mencionados uma vez. Eram homens fiéis e simples na igreja local. «Ministrando estes ao Senhor…». Eles estavam dedicados ao Senhor; não se juntaram para fazerem alguns acordos humanos, senão para dedicarem tempo ao próprio Senhor.

Quando nos reuniremos apenas para estarmos com o Senhor e para orarmos juntos? Suponhamos que cada servo tem o seu tempo de oração privada; mas o Senhor quer ver servos orando juntos, inquirindo por Seus negócios com solicitude. Que beleza, irmãos! Que alegria para as igrejas saber que os seus pastores apartam um tempo para consultar diante do Senhor!

Prover o ambiente

«Disse o Espírito Santo…». Quando Pedro orava, o Espírito lhe falou. E, de novo aqui em Antioquia, o Espírito falou com os seus servos quando estavam em oração e jejum. Estando em oração foram sensíveis à voz do Espírito. Não é casual esta correlação.

É nossa responsabilidade prover o ambiente espiritual, em oração, em consagração de tempo dedicado, para que o Espírito volte a reger os destinos da obra de Deus. Há muito ruído em nossas vidas, muita música, muitos compromissos. Temos que fazer orações mais simples, menos «discursos espirituais». Digamos ao Senhor: «Ensina-nos a discernir a voz genuína do seu Espírito. Ajude-nos a ver no que estamos lhe entristecendo, individualmente e como igreja, para tirar o obstáculo».

E, o que aconteceu? «Disse o Espírito Santo…». Não temos mais detalhes; mas o fato é que o Espírito se manifestou, e esta experiência foi real, e quanto mais reais foram os frutos que sobrevieram! Em seguida, eles saíram enviados pelo mesmo Espírito. O que não se obteve com Jerusalém, obteve-se com Antioquia. O evangelho se estendeu com poder para o ocidente, e chegou até nós, até os confins da terra.

Responsáveis

Nós devemos nos arrepender de ter tirado o protagonismo do Espírito Santo. Roguemos ao Senhor que possamos, tanto individual como coletivamente, restaurar essa sensibilidade à voz do seu Espírito, para que ele possa recuperar essa prioridade que nunca deveria ter perdido.

Se tal coisa não ocorrer, todo o nosso serviço estará em risco de tornar-se algo externo, formal, insípido, sem a novidade de vida, sem o aroma a Cristo, a cruz, a ressurreição, o poder, que são os sinais vivos do governo e presença do Senhor em sua obra e em seus servos. Que tenhamos realidade, algo genuíno, frutos e provas indubitáveis do protagonismo do Espírito.

Que frutos houve por trás daquela gloriosa reunião relatada em Atos 13! Graças ao Senhor, houve homens que se humilharam e clamaram: «O que faremos Senhor? Para onde devemos avançar com a sua obra? Nos dirija Senhor; governe, vá diante de nós abrindo caminho. A quem quer usar Senhor? Envie-nos, nos capacite, abra as portas».

Uma igreja normal

O Espírito Santo não deseja achar de novo, em nossos dias, homens e mulheres bem dispostos, para trazer vida, consolo e novas forças a muitos cristãos necessitados e a um mundo que desfalece pelo engano das trevas?

Por Sua misericórdia, algo disto temos provado quando o Senhor nos levou a diversos lugares e somos recebidos e valorizados pelo que levamos de Cristo; mas temos que avançar mais, temos que chegar mais longe, e sermos mais efetivos nas mãos do Senhor. Temos que levar uma palavra renovada, um evangelho com poder e abundante graça do Senhor. Precisamos ser uma igreja normal, dirigida pelo Espírito Santo, uma igreja gloriosa. Que hoje estejamos experimentando dores, ou seja, que estejamos sendo prosperados, que nada nos detenha, nem a tribulação nem o entretenimento.

A única coisa que verdadeiramente tem valor nesta vida é que busquemos o Senhor e nos enchamos dele, para que o Senhor possa ter uma igreja gloriosa e para que ele retorne logo.

O Senhor está próximo. No que estamos investindo as nossas energias? Que coisas nos apaixonam hoje? Se tivermos esta chamada celestial e tivermos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo habitando em nosso ser, nós somos os responsáveis em que seu Espírito se manifeste ou não. Depende de nós que as pessoas venham e se encontre com Cristo em nós, que os doentes sejam curados e os endemoninhados sejam libertos, e todos digam: «Iremos com vocês, pois, realmente Deus está com vocês» (Zac. 8:23).

 A igreja não é o entretenimento do domingo, não são apenas momentos agradáveis de camaradagem. A igreja gloriosa é a protagonista dos fatos mundiais. Ela trará o reino de Deus à terra. Necessitamos hoje de uma atitude militante, de compromisso, como aqueles servos do princípio. Isso não pode nunca se perder. Que sejamos essa igreja acesa, cheia do Espírito Santo, que com autoridade possa falar com quem seja, com sabedoria, com graça, com profundidade, com Cristo no coração. Que o Senhor nos ajude.

Mensagem ministrada no acampamento El Trébol, Chile, janeiro de 2014.

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