Um dia de regozijo

Vivendo cada dia à luz do Tribunal de Cristo.

Stephen Kaung

Como desejamos a vinda do nosso Senhor, a presença do nosso Senhor! Como desejamos ser tomados, ser arrebatados até a sua presença, e estar com ele! Este é o dia ao qual todos nós olhamos com espera, com antecipação. Este é o dia de Cristo, como o menciona Paulo em suas epístolas.

Com regozijo esperamos este dia, porque quando estivermos diante dele, sua presença estará conosco, e todos nós estaremos juntos. Que reunião será esta! E ele introduzirá as bodas do Cordeiro!

É a vontade do Deus que, quando a vinda ocorrer, quando o arrebatamento acontecer, este seja o dia mais feliz, um dia de grande regozijo. Este é o dia no qual entraremos na posse de todas as coisas que Deus preparou para os seus, até antes da fundação do mundo, em Cristo Jesus. Isso é o que representa este dia, e o que deveria representar para nós.

Na vinda do Senhor, quando tivermos sido arrebatados e reunidos em sua presença, nos ares, virá então o tribunal de Cristo, onde todos seremos manifestados. Ali seremos julgados de acordo com o que tivermos feito enquanto estivemos neste corpo, depois de ter sido salvos, depois de ter sido transformados em filhos de Deus, depois de ter sido feitos membros da família de Deus.

Você deseja este dia? O tribunal de Cristo deve ser um tempo de gozo. Por quê? Porque ali haverá recompensa para aqueles que vigiaram e oraram em todo tempo, para aqueles que guardaram a palavra da Sua paciência, para aqueles que venceram pelo sangue do Cordeiro, pela palavra do testemunho deles, e que desprezaram as suas vidas (vida da alma) até a morte.

Para aqueles que se negaram a si mesmos, que tomaram a sua cruz e seguiram ao Senhor, que receberam voluntariamente a disciplina do Pai e que foram guiados pelo Espírito de Deus, o tribunal de Cristo será o dia de sua vindicação. Todos os seus sofrimentos, tudo o que deixaram, tudo o que parecia néscio aos olhos das pessoas… nesse dia, no julgamento de Cristo, eles serão justificados.

No entanto, para aqueles crentes que não vigiam, que não oram, que estão ansiosos por conseguir tudo o que podem neste mundo, que não podem esperar o futuro, que não guardam a palavra de Sua paciência, que insistem em seus direitos aqui e agora, estes estão derrotados; seus corações estão ocupados em saciar-se, em beber, atarefados com os cuidados desta vida. Eles podem ser vistos pelas pessoas como sábios, mas no tribunal de Cristo serão descobertos, e para eles haverá choro e ranger de dentes.

Depois de sermos salvos, depois de termos a vida de Cristo em nós – a nova vida, a nova natureza – é de esperar que esta nova vida se desenvolva em um novo caráter. Porque já não vivemos mais nós, mas Cristo vive em nós; portanto, deveria haver boas obras. Devemos fazer a vontade de Deus. Somos salvos por graça, mediante a fé; mas, depois de sermos salvos, como membros da família de Deus, nosso Pai celestial espera que nos comportemos como filhos deles.

Vigiai

Esta é a razão pela qual o Senhor disse: «Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o seu Senhor» (Mat. 24:42). Nós não sabemos quando ele virá –não conhecemos o dia nem a hora– mas uma coisa sabemos: ele disse: «Mas saibais isto –isto é algo que vocês não devem ignorar–, que se o pai de família soubesse a que hora o ladrão haveria de vir, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa» (Mat. 24:43).

Não sabemos quando, apenas sabemos que ele vem. Por isso devemos vigiar, estarmos preparados, preparados para a sua vinda em qualquer momento. Se fizermos assim, então ele não nos surpreenderá.

Estejamos preparados

«portanto, também vós estejais preparados; porque o Filho do Homem virá à hora que não pensais» (Mat. 24:44). Estejamos preparados. Em vista da volta do Senhor, nós deveríamos estar preparados sempre, em todo momento.

Quem é, pois…?

«Quem é, pois, o servo fiel e prudente, ao qual pôs o seu senhor sobre a sua casa para que lhes dê o alimento a tempo?» (Mat. 24:45).

«Quem é, pois…?». Sublinhem a palavra pois. Ela mostra o tempo. Esta parábola de nosso Senhor Jesus se relaciona com este tempo particular. Refere-se a sua vinda. O Senhor está retornando e por isso ele nos desafia. Ele faz uma pergunta: «Quem é, pois…?». Ao ler esta parábola, não pense que nela há dois servos. Na verdade, ali há apenas um, e este representa a todos nós. Ou você é o servo fiel e prudente, ou você, a mesma pessoa, é o servo mau.

Creio que todos nós sabemos que, no que concerne à graça de Deus, ao dom de Deus, à luz de Deus, todos somos filhos de Deus. Mas, ao mesmo tempo, com respeito a nossa responsabilidade, a nosso serviço, nós somos escravos. Fomos todos comprados por um preço. Já não somos mais nossos, e devemos servir a nosso Amo.

Aqui encontramos a responsabilidade cristã. Aqueles que receberam a graça de Deus tem uma responsabilidade para com esta graça. Ele está ausente hoje, mas nos confiou a sua casa, a casa de Deus. Nós estamos na casa de Deus e ele, nosso Amo, está ausente agora, mas ele nos encarregou de cuidar dos negócios da casa. Ele quer que nós provejamos o alimento no tempo devido, que nos nutramos, e que edifiquemos a sua casa.

O servo fiel e prudente

O que é a fidelidade? É cumprir diligentemente a vontade de Deus, do Amo. O que se requer de um mordomo é fidelidade. Deus está procurando lealdade entre seu povo.

O que é ser prudente ou sábio? É conhecer a vontade e o coração do Amo. Como escravos, como servos de Cristo, devemos conhecer a mente e o coração de nosso Amo. Devemos entender como ele ama a sua casa. Ele ama a igreja. Ele se entregou por ela, e nós precisamos saber quais são suas expectativas para com a Sua casa – como ele sustenta e cuida dela, como a purifica, como ele espera que esta casa, este corpo, cresça até a plena maturidade, à plenitude da estatura de Cristo, de modo que ele possa recebê-la como sua noiva. Ele espera uma igreja gloriosa, sem mancha nem ruga, Santa e sem culpa. Este é o coração do Amo. Nós devemos conhecer isto, e assim sermos fiéis em realizar esta vontade.

Como escravos na casa de Deus, precisamos lhe servir com fidelidade, provendo o alimento no tempo oportuno. Lógico, o alimento aqui é Cristo. Ele é o pão de vida, e nós, que temos a Cristo, que experimentamos a ele, devemos contribuir, devemos compartilhar a Cristo que conhecemos com os outros da casa, para nutri-los, para ajudar a edificá-los. Devemos lhes dar o alimento oportunamente. Esta é a nossa responsabilidade.

Nossa ambição

«portanto procuramos também, ou ausentes ou presentes, ser-lhes agradáveis» (2ª Cor. 5:9).

Tendo presente o fato de que todos nós compareceremos diante do tribunal de Cristo, sejamos, portanto, diligentes. Nas distintas versões da Bíblia, são usadas palavras diferentes. Algumas dizem que «nos esforcemos»; outras dizem que «lutemos», ou «sejamos ambiciosos». Deveríamos ser ambiciosos em vista do retorno do Senhor, em vista do tribunal de Cristo.

E qual é a nossa ambição? Sejam presentes ou ausentes, quer dizer, estando vivos ou mortos, queremos ser agradáveis a Cristo. Algumas versões dizem: «Queremos permanecer-lhe agradando».

O Senhor está voltando; o Rei está voltando. Vem com glória, vem com o seu reino. Vem para julgar a seus santos. Vem para recompensar a aqueles que forem fiéis. Tendo o conhecimento deste fato, não deveríamos ser diligentes? Não podemos nos permitir sermos indiferentes. Não deveríamos lutar e nos esforçar? Não podemos ser inativos e indolentes. Não deveríamos ser ambiciosos em vez de passivos ou negativos? Deve haver um ardente desejo dentro de nós. Visto que ele está vindo em glória, nós desejamos viver lhe agradando. Desejamos fazer tudo que lhe faça feliz; se assim fizermos, então quando nos apresentarmos diante dele não seremos envergonhados, e ele não se envergonhará de nós.

Portanto, o que precisamos fazer é apenas isto: precisamos viver diariamente à luz do tribunal de Cristo. Diariamente, deixemos que a luz do tribunal de Cristo brilhe sobre nós. Não permitamos que passe um só dia com algum retrocesso, um pecado não confessado, uma desobediência não tratada, uma controvérsia não solucionada. Vivamos cada dia à luz do tribunal de Cristo como se este tribunal fosse hoje.

Permitamos que esta luz brilhe sobre nós. Não somos perfeitos, mas cada dia deixemos que todos os nossos pecados, faltas e pensamentos sejam confessados e sejam postos debaixo do sangue do Cordeiro. Tudo aquilo que tenha sido posto debaixo do sangue não será trazido à cena no tribunal de Cristo, mas tudo o que não estiver debaixo do sangue será anunciado e declarado publicamente ali. Oh, quanto necessitamos do sangue! «...mas se andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com outros, e o sangue de Jesus Cristo seu Filho nos limpa de todo pecado» (1ª João 1:7).

Andemos diariamente à luz do tribunal de Cristo. Cada dia neguemos a nós mesmos, tomemos nossa cruz e o sigamos. Façamos diariamente a sua vontade, não para agradar as outras pessoas, mas vivendo para agradar a Ele, assim como o nosso Senhor agradou ao Pai todos os dias da sua carne. Se assim procedermos, não há necessidade de temer o tribunal de Cristo; pelo contrário, desejaremos esse dia, porque sabemos que o agradamos, e que tudo será reivindicado.

O tribunal de Cristo ocorrerá neste dia glorioso de sua presença, quando estivermos reunidos com ele.

Stephen Kaung, O Rei Está Voltando

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