ÁGUAS VIVAS
Para a proclamação do Evangelho e a edificação do Corpo de Cristo
Visão panorâmica do plano de Deus
Roberto Sáez
Efésios 3:7-13, NVI.
Amados irmãos, o que temos lido em Efésios 3:7-13 é um resumo de tudo o que Deus tem se proposto em si mesmo. Fala aqui de um eterno propósito de Deus, de um plano que esteve oculto em seu coração desde a eternidade. Nesse plano estava o fato de que Deus, um dia, assumiria a forma humana; Deus, no futuro, iria compartilhar a sua imagem, a sua vida, a sua glória, com uma raça de seres criados à sua imagem e à sua semelhança.
Deus, em si mesmo, tinha ocultado este desejo de, um dia, fazer-se homem. E, ao criar o homem, Deus teria uma família de muitos filhos. No princípio das coisas, primeiro está Deus, o Eterno, que não tem princípio nem fim. E ele tem um plano eterno. Em sua natureza sempre existiu um desejo: Um dia, ele faria uma criatura, e ele mesmo se converteria em um homem. Quer dizer, um ser espiritual, um ser invisível, se faria visível; um ser imaterial se faria corpóreo. Bendito seja Deus!
O texto que lemos acima nos diz que Deus realizou este plano na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Aquilo que era um mistério foi revelado na pessoa do Senhor Jesus Cristo, e isto constitui o anúncio apostólico. Foi revelado ao apóstolo Paulo este mistério e ele o pregou às nações, dando a conhecer qual era a dispensação desse mistério oculto no coração de Deus e que agora Deus revelou por seu Espírito aos santos apóstolos e aos profetas.
Em Gênesis vemos a origem do pecado, a origem do mal, a origem dos anjos, a origem do homem, a origem da queda; e vemos o evangelho, que aparece como a redenção para salvar o homem caído. De todos estes, quero destacar a origem do pecado, dentro do contexto do propósito eterno de Deus.
A criação e seus finos ajustes
Nestes dias em que a ciência avançou tanto em conhecer as origens do universo, os cientistas falam de um ajuste fino no universo. Isso significa que, na enorme complexidade dos astros, as estrelas, as galáxias, existem ajustes tão finos que, se houvesse ali um pequeno engano, seria suficiente para causar um estrago de incomensuráveis proporções.
Se a terra estivesse tão somente uns graus mais perto do sol, morreríamos torrados. Um pequeno engano em um grau da terra, em sua aproximação ao sol, causaria estragos aqui. Os cientistas estão admirados por que não pode ser tanta coincidência para que apareça a vida em um planeta como a terra. E se fala de que não seria tão desatinado pensar na teoria de Copérnico de que a terra era o centro do universo. Bom, e em certa razão, se não existir outro lugar no universo como a terra, onde têm que haver tantos detalhes, tanta finura, tanta exatidão, para dar lugar à vida, quer dizer então que Copérnico não estava tão errado.
Hoje sabemos que a terra gira em torno do sol; mas Copérnico dizia que tudo girava em torno da terra, e da perspectiva bíblica, deveríamos pensar que isto é assim. Porque aqui na terra é onde Deus quis manifestar concretamente o seu eterno propósito; ele escolheu este cenário, e para desenvolver o seu plano, fez convergir uma multidão de detalhes finos.
Então, se Deus for o Deus dos ajustes finos, ele criou um homem pensando que um dia ele mesmo se faria homem. Agora, na teologia, encontramos muitas vezes a ênfase de que Deus se fez homem por causa do pecado. Mas Deus tinha a idéia de fazer-se homem mesmo que o homem não tivesse caído em pecado. Quando Deus terminou a obra da criação e olhou o que tinha feito, comprovou que o que tinha feito era bom em grande maneira. Aquele era um homem capaz de não pecar, embora também fosse capaz de pecar.
E diremos que Deus tem a culpa da queda do homem, porque fez um homem capaz de pecar? De maneira nenhuma, pois Deus não quer que o homem peque. Deus quer, nas eras vindouras, compartilhar com esta criatura a sua vida, o seu reino e a sua glória. A raça humana é única no universo. O único que tem a imagem e a semelhança de Deus é a criatura humana.
E, portanto, o homem é um ser muito especial para Deus, porque o homem é aquilo que Deus escolheu para revelar a si mesmo, para expressar a si mesmo. De tal maneira que o homem não é qualquer coisa. Deus não escolheu se fazer uma girafa, nem um elefante, nem uma mariposa, nem mesmo um anjo. Ele determinou se fazer homem. Este era o seu segredo escondido. Glória ao Senhor!
Quando Deus criou este homem, no fato de o ter criado com a possibilidade de pecar e de não pecar, há um selo do que Deus é. Deus tem uma autodeterminação, uma autoconsciência; tem uma vontade própria, que o faz tomar decisões.
Se o homem iria ser uma criatura que levasse impressa a imagem e a semelhança de Deus, teria que ser um homem parecido a Deus nesse sentido – que o ser humano, autoconsciente, capaz de tomar decisões, escolhesse voluntariamente amar a Deus e lhe obedecer. Isto o faz responsável por seus atos; do contrário, o homem não seria homem, mas uma máquina, predeterminado em sua ação, programado só para dizer sim ao seu Criador.
O pecado, um desajuste fino
E no que consiste o pecado, então? O pecado consiste, basicamente, em não estar de acordo com Deus. O pecado consiste em que uma criatura feita por Deus, dotada de autodeterminação, em vez de optar por acatar os desígnios de Deus, opta pelo desacordo com Deus. Agora, Deus não quer que o homem não esteja de acordo com ele; o que Deus mais quer é que o homem esteja de acordo com ele. O pecado então é um ato de desacato à vontade do seu Criador; isso é um desajuste fino.
Já conhecemos a história da origem do mal, antes da queda do homem. Quando Deus comunicou aos anjos que um dia, no futuro, ele compartilharia o seu reino com uma criatura chamada homem, e que não poria o reino em sujeição aos anjos, mas ao homem, e quando os anjos souberam desta notícia –e isto se deduz pelo que diz Hebreus 2:5–, então o anjo principal começou a conceber em seu coração um desacordo com Deus, e ali começou a origem do mal.
A maldade foi achada em um ser criado por Deus, e consiste basicamente em não estar de acordo com Deus. Um desajuste fino, um detalhe; talvez algo insignificante. O ajuste fino é da parte de Deus e o desajuste fino é por parte da criatura.
No universo de Deus, na grandeza da criação, há ajustes tão finos como este: Neste sistema planetário, há um conjunto de planetas que giram em torno do sol, e há um deles chamado Júpiter, que tem uma massa muito maior do que a da terra, e possui uma grande força centrípeta, capaz de atrair muitos corpos celestes, e esses asteróides são atraídos pela massa de Júpiter, e dessa maneira protege a terra. Um detalhe, mas que detalhe! Porque se Deus não tivesse feito esse planeta maior que a terra, essas pedras viriam contra nós.
Amados irmãos, quando Deus colocou o homem neste planeta, a serpente estava aqui. Aquele anjo que é um ser espiritual, imaterial, que tem esta capacidade de aparecer e desaparecer, de tomar forma humana, aqui toma a forma de uma serpente. E esta serpente, na Bíblia, tem muitos nomes: Satanás, diabo, o dragão, a antiga serpente.
E esta criatura rebelde, que nos céus criou um caos, e quis levantar um reino competitivo contra o reino da luz, criou um reino de trevas em torno de si, sobre a base da rebelião, quer dizer, sobre a base do pequeno detalhe de não estar de acordo com Deus, de não querer ajustar a sua vontade com a vontade de Deus. Deus quer compartilhar, no futuro, a sua vida, o seu reino, a sua glória e a sua imagem, com uma criatura chamada homem; mas o anjo diz. ‘Eu não estou de acordo com isso’. Um pequeno detalhe, que causa um estrago nos céus.
Apocalipse 12 nos diz que o dragão, a antiga serpente, leva em sua cauda um terço das estrelas do céu; são os anjos caídos, que vão atrás do seu chefe. Mas, glória a Deus, dois terços dos anjos não seguiram o dragão e ficaram com Deus, sujeitando-se aos intuitos de Deus. Estes anjos contemplam o desejo de Deus desde que foram criados; eles sabiam perfeitamente que um dia, esse Deus maravilhoso que eles conhecem em certa maneira, assumiria a forma humana e cumpriria o seu plano eterno.
E por isso, quando Deus se manifestou através da virgem na forma de um Menino, os anjos cantaram: «Glória a Deus nas alturas, e paz na terra, boa vontade para com os homens!» (Luc. 2:14). Deus tem uma boa vontade para com os homens. Os anjos se alegraram aquele dia e cantaram hinos. Eles contemplaram a esse Deus, que eternamente tinham conhecido em forma invisível, e agora podem ver em forma visível, na forma de um Menino.
A antiga serpente, que cria este reino competitivo, querendo vencer a Deus, aparece no jardim onde Deus colocou o homem; o caluniador deve caluniar a Deus na mente do homem, dizendo: «É assim que Deus lhes tem dito: Não comais de toda árvore do jardim? Não morrereis; porque Deus sabe que o dia que dela comeres, serão abertos os teus olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal» (Gên. 3:1, 4-5). Calúnia. Porque o que Deus mais quer é que nós sejamos como Ele é.
A origem do pecado e suas conseqüências
O diabo mentiu ao homem em relação aos planos de Deus, e o homem creu naquela mentira. Esta é a origem do pecado. O homem cai; a queda causa estragos em seus pensamentos, em sua vontade, em suas emoções, em sua personalidade. A queda faz que o homem se separe de Deus. Quando o espírito se separa da alma, há morte; quando o espírito e a alma se separam do corpo, há morte.
Quando o homem decide viver afastado de Deus, viverá afastado dele eternamente, e essa é a morte eterna, a mais grave de todas as mortes. Basicamente, a morte é separação. Que horrível é isto, irmãos! Que grande estrago, que a morte tenha chegado à humanidade, através de um detalhe, de um detalhe fino.
Bastou um pecado para que, através deste, a morte passasse a todos os homens. Só um detalhe, só um ato de desobediência, só um desajuste da vontade do homem contra Deus, e já temos o caos.
Diz-se que Deus fez o universo através de muitas explosões, de muitos caos. E aqui, um desajuste fino na natureza humana, provoca um caos, de tal maneira que a morte, horrível e dolorosa, chega à raça humana, apagando todo o plano de Deus, arrebatando o homem a imagem de Deus.
O inimigo pensa que ganhou uma grande batalha e que, com isso, Deus não poderá obter o seu eterno propósito. O inimigo quer prevalecer, quer ocupar o lugar de Deus, quer que os homens o adorem e lhe sigam como os anjos caídos o seguem. Ele procura o terreno da mente, da vontade, das emoções do homem, de tal maneira que, quando Deus criou o homem, que era muito bom, aquilo que era muito bom se tornou muito mal.
Então aparece um ser humano, que a Bíblia chama «homem natural», e que inclui também ao chamado «homem velho». Porque, nos tempos de Cristo, a raça humana se tornou uma velha criação, e o Senhor veio para pôr fim a aquela e para iniciar uma nova criação.
Que o Espírito Santo nos socorra, para ver os estragos que o pecado causa, como a queda nos separa de Deus e como este caos que se produziu se arrasta até o dia de hoje, porque lutamos com o velho homem, com a natureza humana.
Na doutrina bíblica entendemos que o velho homem está crucificado, que quando Cristo veio e morreu na cruz cravou esse velho homem na cruz; mas nós pregadores, que entendemos bem a doutrina da cruz e pregamos sermões sobre ela, chegamos à conclusão de que muitas vezes, por melhor que entendamos a doutrina, não a vivemos cabal e conseqüentemente, porque é notório que os cristãos seguem pecando, e não conseguimos chegar a ser esse homem espiritual.
Então, temos um homem natural e um homem espiritual. Somos por natureza homens naturais, pecadores, separados de Deus, com uma vida egocêntrica, vivendo independentemente de Deus com uma vontade própria, e tudo isso edificado sobre este fundamento chamado Eu.
Todavia parece que não compreendemos o quão terrível é a natureza humana e quanto custa lidar com ela e o fato de sermos cristãos e termos a possibilidade de sermos novas criaturas – e que, de fato, o somos. Mas não conseguimos fazer o trasporte do homem natural para o homem espiritual, porque o que predomina é um homem em meio termo, um homem carnal, que quer viver a vida cristã, a vida de Deus, mas não consegue terminar com o passado, não consegue escapar desse homem velho e assumir a natureza do novo.
O pecado é terrível, e faz que ainda soframos estas quedas até o dia de hoje, a todo nível, dos irmãos mais novos até os mais amadurecidos. Deus tenha misericórdia de nós!
Então, o diabo vem, na história de Jó, depois de rodear a terra. E de repente, por alguma razão, tem acesso ainda à presença de Deus. Digamos simplesmente que Deus não é o autor do mal, mas que Deus o deixa estar ali, Deus não sendo cúmplice do mal, porque certamente o mal não se origina em Deus, mas no anjo caído. E a mesma coisa se reproduz no ser humano.
Mas aí está o mal em todas as suas formas; o mal como morte, o mal como adversidade, o mal como pecado, o mal como vida independente de Deus, o mal como um desajuste fino na natureza do homem, mas que causa grandes estragos. Aí está o mal, não como algo impessoal, mas por trás de todo mal está aquele que é o mal encarnado, Satanás o diabo, a antiga serpente.
Se Deus quisesse, poderia desfazê-lo, pulverizá-lo, exterminá-lo; mas ele, em sua soberana vontade, o deixou, porque Deus tem planos. E já que o homem escolheu o mal, já que uma criatura rebelde o escolheu, Deus toma o seu tempo para tratar com aquela criatura rebelde. Deus tem paciência; ele não é homem para reagir como homem e terminar tudo de uma vez. Ele tem um plano eterno, que converge em Cristo e se consumará no final dos tempos. Deus está ocupado nesse plano, e nos demonstrou que ele cumprirá o seu propósito.
A calúnia do diabo
O inimigo aparece no livro de Jó. Deus fala e diz: «De onde vens?». Ele diz: «De rodear a terra». Ele está sempre observando a terra, olhando o que acontece no desenrolar da história, preocupado de onde aparece o plano de Deus para ir apagá-lo, onde aparece uma pessoa que se assemelhe ao que Deus quer obter, para ir destruí-lo, porque ele é o inimigo de Deus.
Então, Deus lhe diz: «Notas-te o meu servo Jó? Não há outro como ele em toda a terra». «Ah», lhe diz Satanás, «esse homem que tu fizeste é incapaz de te adorar pelo que tu és; ele te adora somente pelo que tu lhes dá. Tire o que lhe tens dado, e verá se em sua presença não blasfemará contra ti».
O que Satanás está fazendo agora? Está caluniando ao homem na própria presença de Deus. No jardim do Éden calunia a Deus na mente do homem, e aqui o vemos caluniando ao homem no trono de Deus. O que o diabo diz diante de Deus é uma ofensa contra o Criador. Está dizendo: ‘Você não é capaz de fazer uma criatura que conserve a sua integridade e te adore tão somente porque tu és Deus. Ele se comporta bem porque você o tem enchido de bênçãos; mas o dia que tu tocares as suas bênçãos, vais ver como blasfemará em tua presença’.
Quer dizer, o diabo está dizendo que Deus é um Deus incapaz de fazer um homem que lhe adore tão somente pelo que ele é; que o homem que Deus criou é um ser utilitário, interessado, nada mais. E por que Deus quis responder a uma criatura tão desagradável, tão horrível, tão rebelde? Por que Deus, de uma vez por todas, não termina com ele, não lhe tapa a sua boca insolente? Nós temos que entender que, o plano que Deus está levando a cabo é a toda prova, porque o que Deus vai fazer também tem como propósito demonstrar ao universo inteiro o que Deus é, o que Deus é capaz de fazer.
Deus, embora tenha criado os anjos, não lhes tinha revelado tudo o que ele é em si mesmo; eles ignoravam muitas coisas de Deus. E por isso, diz a passagem que lemos, que agora Deus determinou que, por meio da igreja, seja anunciada a multiforme sabedoria de Deus aos principados e potestades nas regiões celestiais (Efésios 3:10). Quer dizer, os anjos ignoravam coisas que só a igreja conhece.
Hoje em dia, a igreja é aquela obra de Deus. Deus está suscitando um testemunho aqui na terra para responder à criatura rebelde, lhe dizendo: ‘Sim, há um homem capaz de adorar, capaz de servir, capaz de ajustar a sua vontade à minha, capaz de me agradar em tudo, capaz de jamais pecar’. E então, Deus envia a seu Filho Jesus Cristo. Glória a Deus! O Senhor Jesus vem para isso, para dar cumprimento ao eterno plano de Deus. E aparece pela primeira vez o homem que Deus sempre quis ser, e o homem que Deus sempre quis ter –Jesus–, que nos foi revelado como o Deus feito homem, como Emanuel, Deus conosco.
Este Jesus, que a história custou tanto a identificar exatamente quem ele é. Porque, quando Cristo aparece, não nos dá uma explicação de quem ele é, mas apenas nos proclama e nos anuncia o que ele é – ele é Deus manifestado em carne. Não nos dá uma explicação disso, mas simplesmente uma afirmação; declara-nos o fato concreto – que Deus se fez homem. Aleluia!
Então, agora, o Senhor nosso Deus tem o homem que queria ter, e tem a resposta a aquela calúnia daquele ser maligno que está dizendo que o homem é incapaz de comportar-se bem, incapaz de guardar a sua dignidade, porque nas adversidades da vida o homem é infiel a Deus. Que a alma do homem cai em adultério, que a alma do homem é adúltera, é infiel; esta é a acusação do diabo contra nós.
Temos o desafio, irmãos, de tapar a boca do diabo. Sabemos que, enquanto vivermos aqui, não vamos ser perfeitos no sentido de ser impecáveis, de não cometer nunca um pecado. Não, não vamos obter isto. Mas, sabe, os anjos, inclusive este anjo e todos os que estão com ele, têm que saber que Deus, finalmente, vai conseguir o que ele se propôs fazer, de ter um homem capaz de adorá-lo, capaz de lhe servir, capaz de guardar a sua integridade, capaz de restringir-se a si mesmo, capaz de sujeitar a sua louca vontade, capaz de ajustar-se aos intuitos de Deus.
E esse homem, que nenhum homem jamais tinha conseguido ser, nem mesmo Jó –até com toda a sua dignidade e o quão perfeito era, mas ainda imperfeito–, mas, em Jesus Cristo, Deus obtém o homem que queria ter. Glória a Deus! Jesus é o varão aprovado por Deus. Não temos tempo agora de ver Jesus em toda a sua humanidade, de vê-lo agora em sua gloriosa humanidade; porque, o que mais nos conviria ver em Jesus é ver o seu aspecto humano; como ele, em carne e sangue, venceu a Satanás, e como, na maior fraqueza de um ser humano, sem comer e sem beber durante quarenta dias, enfrentou à rebelde criatura.
Em sua sabedoria, Deus quer mostrar que o ser humano, até na maior fraqueza, é capaz de vencer e torcer a mão do inimigo. Então, Deus, por este Filho amado que veio em carne e sangue, quebrou o poder do inimigo, com o seu caráter, com a conduta de um homem irrepreensível, de um homem impecável.
Porque, certamente, Jesus era um homem em todo o sentido da palavra. Não venceu o diabo porque era divino, mas porque sendo bom em grande maneira, não escolheu cometer pecado, mas se guardou a si mesmo e achou que fazer a vontade de Deus era o maior agrado de sua vida nesta terra. Glórias ao Senhor Jesus, ao homem perfeito, ao varão aprovado por Deus, ao que venceu a criatura rebelde! Podemos dizer ao inimigo: «Estás vencido!». Glórias ao Senhor!
Irmãos, no princípio, Deus queria que nós optássemos pela vida, e assim vivêssemos eternamente em comunhão com Deus. Nós conhecemos a história da árvore da vida. Hoje glorificamos a Deus, pois a árvore da vida foi devolvida em Jesus Cristo. (Continuará...).
Síntese de uma mensagem compartilhada em Rucacura 2010.