Os vencedores e a herança (2)

Como Deus cumprirá o seu propósito de levar muitos filhos à glória.

Rodrigo Abarca

“Aquele que vencer herdará todas as coisas, e eu serei o seu Deus, e ele será o meu filho” (Ap. 21:7).

Anteriormente, vimos que Cristo, tendo realizado o pensamento e o propósito do Pai, obteve o direito, a propriedade absoluta, de abrir o livro da vontade de Deus, desatar os seus selos e tomar em suas mãos o cumprimento desse propósito. Porque é ele quem disse: «Edificarei a minha igreja», que está conformada por aqueles que foram chamados a reinar juntamente com Cristo, a serem feitos conforme a imagem do Filho de Deus.

A vontade de Deus realizada por Cristo

O Cordeiro de Deus tomou em suas mãos o livro e começou a desatar os seus selos. Quando ocorreu isso? O dia em que o Senhor foi entronizado. Esse dia, ele tomou aquele livro em suas mãos e abriu aquela vontade que estava selada, e começou a executar este plano divino.

Então, isso coincide com o que nos diz Efésios 1:9-10: «…nos dando a conhecer o mistério da sua vontade». Aqui está falando de Deus o Pai. Lembra o que continha o livro? O livro continha o segredo da sua vontade, o mistério, selado, escondido. «…segundo o seu beneplácito, o qual havia proposto em si mesmo, de reunir todas as coisas em Cristo, na dispensação do cumprimento dos tempos, tanto as que estão nos céus, como as que estão na terra».

Aqui temos, basicamente, os mesmos elementos da visão de João em Apocalipse 5: A vontade de Deus, que consiste em «reunir todas as coisas em Cristo». Em primeiro lugar, nos fala do «mistério» da vontade de Deus, pelo qual o livro está selado. Em seguida, o livro é aberto. E ninguém abre o livro a não ser o Cordeiro que está no meio do trono, no meio dos quatro seres viventes, no meio dos vinte e quatro anciões e no meio de todos os seres criados.

E finalmente diz, no final do capítulo 5: «E a toda criatura que está no céu, e sobre a terra, e debaixo da terra… ouvi dizer: Ao que está sentado no trono, e ao Cordeiro seja o louvor, a honra, a glória e o poder, pelos séculos dos séculos». Quer dizer, aqui se cumpre o propósito de «reunir todas as coisas em Cristo», as que estão nos céus, os quatro seres viventes, os vinte e quatro anciões, as hostes espirituais incontáveis de milhares e milhares de anjos, e finalmente tudo o que foi criado.

Mas em seguida Efésios continua: «…reunir todas as coisas em Cristo, na dispensação…». Aqui temos uma palavra interessante, que se associa com o de levar muitos filhos à glória. De que maneira? A palavra que foi traduzida dispensação é, no grego, oikonomía; a que, em uma transliteração para o espanhol, temos como economia. A palavra oikonomía está composta de dois termos: oikos, casa, e nomos, governo ou lei.

Uma tradução mais próxima do grego deste versículo, e que aparece em outras versões da Bíblia, poderia ser, «pôr a Cristo como cabeça sobre todas as coisas»; ou como alguns traduzem, inventando um novo verbo, «encabeçar todas as coisas com Cristo». E em seguida, «…para o governo ou administração da sua casa no cumprimento dos tempos».

Em outras palavras, Cristo foi feito cabeça de todas as coisas, para que ele administre, governe e edifique a casa de Deus. E a casa de Deus, é obvio, não é de madeira, pedra ou cimento. Não é um edifício material, visto que a casa de Deus somos nós. Então, Cristo foi feito cabeça por sobre todas as coisas para edificar, governar e administrar a casa de Deus no cumprimento dos tempos.

Vamos ver como o Senhor começa a edificar a sua casa, em Apocalipse 6:1. «Vi quando o Cordeiro abriu um dos selos, e ouvi um dos quatro seres viventes dizer como com voz de trovão: Vêm e vê». Se você ler com atenção o capítulo 6 de Apocalipse, vai descobrir que nos dá uma descrição geral da história humana, do momento em que o Senhor ascendeu, até o momento em que ele retornará. Por isso, o capítulo 6 termina nos falando da volta do Senhor, não do ponto de vista da igreja, mas da perspectiva deste mundo. A história do mundo acaba com o dia da ira do Senhor, que para nós é o dia de nosso encontro com Cristo.

Para o mundo será o dia da ira. Por isso diz o versículo 17: «…porque o grande dia da sua ira chegou; e quem poderá sustentar-se em pé?». É uma boa pergunta, que introduz o que vem a seguir. O mundo vai experimentar a ira de Deus. E a pergunta é: Quem poderá sustentar-se em pé nesse dia? A resposta está na multidão vestida de branco, vale dizer, a sua igreja.

Temos aqui o contexto da história do mundo. O que o capítulo 6 quer nos dizer? Que a igreja vai ser edificada ao longo de uma história cheia de dificuldades, complexidades e sofrimentos. Quando você lê o capítulo 6, descobre que o Senhor está no comando da história. Aconteça o que acontecer, as guerras, fomes, e sofrimentos enormes que virão, o Senhor Jesus edificará a sua igreja através deles e apesar deles. Ele está no comando. É o Cordeiro quem governa a história, e o faz com um propósito definido, que é edificar a sua igreja.

A batalha da igreja

Nestes dias assistíamos pela televisão à ascensão do comando do presidente dos Estados Unidos. Todos os olhos do mundo estão fixos nele, pensando que é o homem chamado para solucionar os problemas deste mundo. Mas deixem-me lhes dizer que nenhum homem jamais poderá fazê-lo, porque o único que pode solucionar totalmente os problemas da humanidade é o Senhor Jesus Cristo. Não olhemos para os homens, olhemos para ele. Ele é o único; não há outro. Não haverá paz para o mundo até que reine o Príncipe da paz.

Os homens não poderão encontrar a paz – o livro de Apocalipse vem nos dizer isto. Não nos enganemos; enquanto este mundo durar, não haverá paz. O que haverá são estes cavalos percorrendo a terra: a fome, a guerra, a peste, e a morte em todas as suas formas. Isto vai ocorrer até que venha o Príncipe da paz. Nossa esperança está posta no Senhor.

No quinto selo encontramos, além disso, que ao longo desta história, a igreja é perseguida e martirizada. Tampouco não haverá paz para a igreja em termos de tranqüilidade e repouso definitivos até que venha o Príncipe da paz. Ao longo desta história, os filhos de Deus serão perseguidos e martirizados até o fim. Mas dissemos que o Senhor está edificando a sua igreja no meio desta história convulsionada. Adverte-nos que o mundo irá se obscurecendo à medida que se aproxima o fim; mas tem nos dito que nós não teremos paz e repouso até que venha o Príncipe da paz.

Sim, o que tem dito é que o Senhor edificará a sua igreja, e que por meio dele somos mais que vencedores. Esta é a promessa. Mas, não nos tem dito que serão evitadas as dificuldades e os problemas. Não forma parte das promessas do Senhor, mas justamente o contrário: Através das dificuldades, da adversidade, da oposição quase insuportável, a igreja será edificada nas próprias portas do inferno, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Os adversários da igreja na história, e, pelos mesmos adversários do Senhor, são formidáveis. Você os encontra no livro de Apocalipse. Ali está em primeiro lugar o dragão (cap. 12), fonte de toda a adversidade que a igreja experimenta. Aquele grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás. É chamado também enganador e adversário, porque estas são as suas armas preferidas contra a igreja. E arrasta uma terça parte das estrelas do céu, pois em seus propósitos o seguem todas as hostes espirituais da maldade. Está acompanhado de hostes inumeráveis de demônios em seu empenho de estorvar e impedir a obra de Deus no mundo.

Irmãos amados, nunca devemos esquecer estas coisas. Recordem o que diz Efésios; façamos o paralelo outra vez: «Porque não temos que lutar contra sangue e carne, mas contra principados, contra potestades… contra hostes espirituais da maldade nas regiões celestes». Contra eles lutamos. Aí está o dragão com as suas legiões, teimando em destruir e devorar a igreja do Senhor.

Mas não só isso. No capítulo 13, descobrimos outros adversários mais. O dragão tem aliados que o ajudam em sua batalha: A besta e o falso profeta. E em seguida no capítulo 17 encontramos outro dos grandes aliados do dragão: Aquela mulher que se senta sobre a besta, e se chama Babilônia, a grande. Em resumo, os inimigos são formidáveis e poderosos.

O dragão que nos espreita é mais poderoso que nós como meros homens. É mais inteligente, mais ardiloso e sabe mais. Não poderíamos enfrentá-lo e vencer em semelhante batalha; seríamos derrotados imediatamente. Mas aquele que é por nós e nos defende, nosso Capitão, nosso estandarte, é maior que o dragão, e já o venceu na cruz! Se você quer vencer o dragão, siga a Ele, e descobrirá que no final o dragão estará vencido, esmagado, humilhado, derrotado, lançado no lago de fogo e eternamente condenado. E você estará com Cristo na glória, para sempre. Siga-o com o passar do caminho; e siga-o todo o caminho.

Às vezes parece que o dragão triunfa e que está a ponto de conseguir os seus objetivos. Veja a mulher, que representa a igreja, com dores de parto e os terríveis sofrimentos que suporta porque tem que dar a luz um menino varão, quer dizer, aqueles que herdarão com Cristo todas as coisas. Pois, enquanto dá a luz, o dragão abre a sua garganta diante dela para devorar o seu filho.

Quantas vezes a igreja se viu nessa situação ao longo da história? Quantas vezes parecia que o dragão estava a ponto de esmagá-la e afundá-la para sempre. Você não tem sentido isto alguma vez em sua própria experiência? Não tem se sentido desamparado, e que o diabo tem todas as chances de ganhar? Mas, espera lá, ele não pode vencer a Jesus Cristo o Senhor.

Irmãos amados, descrevemos estas coisas porque devemos saber que a igreja é edifica em um tempo de guerra. O livro de Apocalipse nos adverte que este é um tempo de batalha. A igreja será edificada através da guerra, a batalha e a adversidade. Será edificada nessas condições e em nenhuma outra. Não em um oásis de paz e tranqüilidade. Ele já disse: «…as portas do inferno não prevalecerão contra ela». Isto quer dizer que o inferno tentará fazer todo o possível para evitar que a igreja seja edificada.

Precisamente neste ponto vem o chamado para vencer. Porque alcançar a maturidade e sentar-se com Cristo na glória significa simultaneamente que livramo-nos de uma batalha e vencemos. É através de batalha que os filhos crescem, amadurecem, e se assentam no trono para reinar juntamente com Cristo. Se você não quiser a batalha, teme-a e quer evitá-la, me deixe lhe dizer que também você perderá o que vem a seguir. O Senhor não nos tem dito que não haverá batalha; o que nos tem dito é que, se seguirmos a ele, reinaremos juntamente com ele na glória.

Deste modo, temos o propósito de Deus. Então, visto que se trata de uma guerra, que há um enorme conflito em marcha, e que se trata de interesses que superam longamente nossos problemas e situações particulares, e visto que o que está em jogo é o propósito eterno de Deus (que Satanás quer evitar a todo custo), há um chamado em Apocalipse, a cada um de nós, a sermos vencedores: «Ao que vencer, dar-lhe-ei que se assente comigo no meu trono… Aquele que vencer herdará todas as coisas».

Graça e responsabilidade

Lembrem-se, vencer supõe lutar, passar através da batalha e obter, finalmente, a vitória. Por isso, no capítulo 7 de Apocalipse temos uma espécie de censo. É um censo muito particular. No Antigo Testamento Deus proibiu fazer censos. Era um pecado recensear a nação.

A razão é simples. Deus disse a Abraão: «Olhe as estrelas, você pode contá-las? Olhe a areia que está na beira do mar, você pode contá-las? Pois assim será a sua descendência, inumerável como as estrelas do céu e como a areia que se estende na beira do mar». Contar a nação significava duvidar da promessa de Deus a Abraão. Se Deus havia dito que seria inumerável não havia necessidade de contar.

O rei Davi, num momento do seu reinado foi induzido por Satanás a contar o povo. E o que aconteceu? Veio o castigo de Deus sobre Davi e a nação de Israel. No entanto, havia uma maneira de contar que Deus autorizava, e que ele mesmo mandou. Vamos ver.

Há precisamente um livro na Bíblia que se chama Números, porque fala de contas. Não se podia contar o número total, mas havia um número que Deus interessava contar. «Falou o Senhor a Moisés no deserto do Sinai, no tabernáculo de reunião, no dia primeiro do segundo mês, no segundo ano de sua saída da terra do Egito, dizendo: Tomem o censo de toda a congregação dos filhos de Israel por suas famílias, pelas casas de seus pais, com a conta dos nomes, todos os varões por suas cabeças» (Núm. 1:1).

Como devia recensear a nação? Versículo 3: «Desde vinte anos para cima». Os varões de vinte anos para cima. Não se contavam os jovens menores de vinte anos, nem as mulheres, nem os meninos. «…todos os que podem sair para a guerra em Israel, os contareis tu e Arão por seus exércitos». Vale dizer, há um número que Deus está interessado em divulgar: O número dos que podem sair para a guerra. Estes sim deviam ser contados em Israel.

Então, começa a contar por tribos. Versículo 20: «Dos filhos de Rubén, primogênito de Israel, por sua descendência, por suas famílias, segundo as casas de seus pais, conforme à conta dos nomes por cabeças, todos os varões de vinte anos para cima, todos os que podiam sair para a guerra». O que ocorre é que Israel está chegando à beira da terra prometida. Passou suas longas jornadas pelo deserto e agora tem que entrar na posse da terra. E, é obvio, aproxima-se a batalha, vem a guerra, e é necessário separar aqueles que vão para a batalha.

Você observe que o princípio de Deus não é que todos vão para a batalha. Os meninos, é obvio, não podem ir para a guerra, já que não têm a força, os elementos, nem as capacidades necessárias. As mulheres tampouco vão para a guerra, pois têm que cuidar dos meninos. Quem vai para a batalha? Os jovens de vinte anos para cima. Deste modo se contam, apartam-se, formam-se os exércitos de Deus e são enviados para possuir a terra prometida. A Canaã, que é figura de Cristo em sua plenitude, na soma de todas as suas riquezas e perfeições para a igreja.

O nosso crescimento para a maturidade, desde meninos a adultos, está representado também pela posse da terra, porque esta consta de dois elementos básicos. O primeiro tem relação com que Deus não disse aos filhos de Israel que deviam conquistar a terra. Você não encontra a palavra conquista na linguagem de tomar posse da terra. Não devia ser conquistada, porque não era necessário conquistar o que Deus já tinha conquistado por eles e para eles.

A terra foi dada por Deus de graça. Só deviam possuí-la. «Todo lugar que pisar a planta dos vossos pés será vosso». «O que vocês têm que fazer», disse o Senhor, «é entrar na terra, caminhar nela, pois toda a terra é de vocês. Eu as dei; está diante de vocês. Nenhum dos que estão na terra hoje em dia poderá resistir seu avanço. É terra que vocês não semearam, terra que vocês não plantaram, terra que vocês não regaram, casas que vocês não edificaram, vinhas que vocês não plantaram. Toda a terra lhes dou de graça». 

Tudo nos foi dado em Cristo, de graça. A maturidade é um dom; assentar com Cristo nos lugares celestiais é um dom; o reinar juntamente com Cristo é um dom da graça de Deus; o herdar todas as coisas é um dom da graça. E o propósito eterno de Deus, para o qual fomos chamados, tudo, é também graça de Deus. Você não pode comprá-lo, não pode pagá-lo, não pode conquistá-lo por seu esforço. Simplesmente tem que recebê-lo de graça.

Esse é o primeiro princípio da terra prometida; mas há um segundo princípio. Qual? «Levanta-te». Diz o Senhor a Josué no capítulo 1 do livro do Josué. «Meu servo Moisés morreu; agora, pois, levanta-te, porque você entrará na posse da terra» O que nos diz o Senhor? «Eis que eu lhes dei toda a terra, mas vocês têm que levantar-se e possuí-la».

Irmãos amados, não é só a graça de Deus. A graça de Deus é o primeiro princípio, é o que dá lugar a todo o restante. Mas a graça de Deus demanda a resposta do homem. Não é automática. Às vezes pensamos que a graça de Deus atua automaticamente. Pensamos que é suficiente dizer: ‘O Senhor o deu; já o temos’. Sim, mas terá que possuí-la.

Terá que levantar-se, entrar na terra, caminhar por ela e possuí-la. E enfrentar os gigantes, e as cidades muradas, os cananeus, os heteus e a todos os que habitam na terra, e em seguida, expulsá-los. Mas, claro, na graça de Deus. Você já se deu conta disto? Não podemos enfatizar unilateralmente um aspecto da obra de Deus e desconhecer outro.

Por um lado, a Escritura nos ensina que tudo é graça de Deus. Mas, uma vez que foi estabelecida a graça, também nos ensina que o homem deve responder responsavelmente a ela. Porque a graça de Deus nos capacitou para tomar a terra, devemos, portanto tomar a terra. Você conhece este princípio?

Devemos ser cuidadosos com a maneira em que entendemos a palavra do Senhor. Por que há tanta imaturidade entre os filhos de Deus? Há muitas razões. Mas, mesmo entre filhos de Deus que conhecem a palavra do Senhor e a palavra da graça do Senhor; mesmo entre nós que ouvimos falar do propósito eterno de Deus e do mistério da vontade de Deus, podemos ainda encontrar bastante imaturidade. Por quê? Porque não é suficiente saber que Deus nos deu a terra; é necessário possuir a terra. E para isso, temos que nos levantar.

Recordem as palavras do Senhor: «Josué, eu te dei a terra; agora, levante-te, esforça-te e sê valente». O Pai deu ao seu Filho; o Filho nos deu a sua vida; o Espírito Santo veio para morar em nossos corações. Que mais necessitamos? O que devo fazer? «levanta-te, esforça-te e sê valente». Porque em ti habita o Deus todo-poderoso. Porque ele vai adiante de nós, vai dentro de nós, e sempre está conosco. O Espírito de Deus habita poderosamente no coração dos filhos de Deus. Portanto, levanta-te, esforça-te e sê valente; porque se não o fizer, estará recusando a graça de Deus.

Se não responder à graça, a rejeita. Se não atenta para ela, se não fizer uso das riquezas da graça, é como se a desperdiçasse e a rejeitasse. «Levanta-te, esforça-te e sê valente, porque tu tomarás a terra». É o Senhor quem promete, é a graça de Deus, é Cristo quem garante e não há possibilidade de falhar. Mas, tem que crer, tem que se levantar e ser valente.

Já contemplou os muros de Jericó? Viu os gigantes? No entanto, se tiveres visto primeiro o Senhor não irá ter medo. «Esses gigantes serão como nada diante de nós», disseram Josué e Calebe. Bendito seja o Senhor! Mas, estão aí diante de nós.

Por isso, dizemos que a maturidade, representada pela tomada de posse da terra, é um estado que envolve dois princípios: O princípio da graça, que fundamenta tudo, provê os recursos para tudo, dá as possibilidades de tudo e garante tudo. E o princípio da responsabilidade humana, como resposta à graça e na graça de Deus. Não só como resposta à graça, mas dentro dela e capacitada por ela.

A responsabilidade humana existe pela graça de Deus, sustenta-se pela graça de Deus e pode responder a ela. A razão pela qual você e eu somos chamados a obedecer é que ele nos deu a capacidade de obedecer na graça. Você e eu não poderíamos lhe obedecer se o Espírito de Deus não morasse em nós. Você e eu não poderíamos viver, nem possuir a Cristo, nem amadurecer em Cristo e possuir a terra, que não é outra coisa que possuir na plenitude a Cristo, se ele não nos tivesse dado isso primeiro de graça.

Porque Cristo habita em nós, está sempre conosco, nos guia, é nosso capitão, nossa bandeira e vitória, podemos avançar e possuir. Crê nisto? E então, o que você está esperando? Por que não fica em pé e é valente, e avança para possuir a Cristo? Esse é o chamado de Apocalipse aos vencedores. (Continuará).

Síntese de uma mensagem ministrada no Retiro de Rucacura, em janeiro de 2009.

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