ÁGUAS VIVAS
Para a proclamação do Evangelho e a edificação do Corpo de Cristo
Perdão e herança
A conversão de Paulo.
Gonzalo Sepúlveda
Leitura: Atos 26:9-18.
Um encontro
Existe um homem aqui que teve um encontro com o Senhor e relata como foi esse encontro. De alguma forma, todos nós precisamos ter um encontro com o Senhor. Este homem, Paulo, existiu verdadeiramente. Os seus escritos, grande parte do nosso Novo Testamento, são um legado do chamado do apóstolo Paulo. Mas ele nem sempre foi um apóstolo; foi mais um inimigo da fé. E aqui, com sinceridade, conta como ele tinha crido que era o seu dever «…fazer muitas coisas contra o nome de Jesus de Nazaré».
Recordemos que o Senhor Jesus tinha vindo a este mundo, tinha pregado, tinha derramado o seu sangue na cruz, tinha sido sepultado, ressuscitado dentre os mortos e subido aos céus. O Espírito Santo tinha vindo; o evangelho estava sendo pregado, e muitas pessoas estavam se convertendo ao Senhor. E isto despertou a oposição de muita gente, especialmente dos religiosos daquela época.
Saulo era um fariseu fanático; ele considerava seu dever deter a propagação desta «seita». E isto fez em Jerusalém, porque ali era onde os apóstolos e a igreja pregavam, as pessoas se convertiam, havia milagres, pelo qual inquietava a tradição judaica. Mas ele era um opositor, e o que fez não foi pequeno. «Eu encerrei na prisão a muitos dos santos…».
Os santos eram aqueles que tinham crido e recebido a palavra do Senhor. E por essa razão os encerrou na prisão. E muitas vezes os castigou nas sinagogas. E disse: «…forcei-os a blasfemar». Esta deve ter sido uma tortura cruel. Uma blasfêmia é uma palavra maligna contra Deus. «…e enfurecido sobremaneira – Uma ira tão grande, uma odiosidade tão grande– contra eles, persegui-os até nas cidades estrangeiras».
«Ocupado nisto –Nisto se ocupava em sua vida!– ia eu a Damasco». Ia com poderes, com comissão das autoridades, dos sacerdotes. E como ao meio dia, uma luz do céu que ultrapassava o resplendor do sol, rodeou a ele e a sua comitiva. E o próprio Senhor lhe aparece: «Saulo, Saulo, por que me persegues?». Que tremenda visão!
Que tremenda misericórdia há nesse ato! O Senhor está interessado não só em defender aos cristãos perseguidos; aqui há um ato de amor precisamente para quem está atuando contra os seus filhos: «Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa te é dar coices contra o aguilhão». O que significa esta visão? O que significa este encontro? Paulo estava perseguindo pessoas de carne e osso. E aqui aparece Alguém, luminoso, e essa luz e essa voz fazem que ele caia por terra. Então, não há mais nada a dizer, senão: «Quem és, Senhor?». E é o próprio Senhor Jesus! «Eu sou Jesus, a quem tu persegues».
Perseguidor vencido
Qual é o fato concreto aqui? Que o perseguidor se tornou vencido por seu perseguido! O que se supõe que teria que ter ocorrido? Em nossa lógica humana, nós o destruiríamos. E o Senhor, possuidor de todo poder e autoridade, poderia havê-lo pisoteado – não só derrubá-lo por terra. Mas, em vez de fazê-lo sofrer, o salva; em vez de aniquilá-lo, mostra-lhe o seu amor. Que bom é o Senhor!
Aqui duas pessoas se enfrentam: um Saulo de Tarso enfurecido e perseguidor; e a outra pessoa é o Filho de Deus, Jesus Cristo o Senhor.
Alguém se sente com problemas de consciência, por não ter feito o correto diante de Deus? Eis aqui alguém que fez o absolutamente incorreto, de forma decidida. Se existiu um pecador grande, aqui está, e em uma forma de pecado que merece a maior condenação.
No entanto, o Senhor Jesus veio a este mundo não para condenar, mas para salvar. Tendo todo o direito de julgar e castigar, tudo o que faz é recuperar o coração deste homem. Aqui se mostra claramente diante das nossas consciências que, o pior dos pecadores, o Senhor lhe aparece em pessoa, para recuperá-lo.
Isto é o que Deus quer com todos os homens. Ele não quer condená-los; tudo o que quer é recuperar o homem. A próxima palavra é: «Mas levanta-te…». Depois destas palavras, o que Saulo podia esperar? Derrubado por terra, tinha dedicado a sua vida, suas energias, toda a sua força para combater contra este Nome, podia esperar algo, menos uma palavra amigável.
A próxima palavra, ou o próximo ato do Senhor Jesus, puderam ter sido terríveis para ele. Imagine que você é descoberto no ato mais vergonhoso, e que ao mesmo tempo este ato ofende gravemente à pessoa que nos descobre. Mais até, resulta que esta pessoa tem toda autoridade, tem todo poder; não depende de tribunal algum, pois ele mesmo pode, legitimamente, tomar a justiça em suas mãos.
Imagine que você traiu a alguém, e a pessoa traída descobre você no ato da traição. O que você pode esperar? Como você vai olhar para aquela pessoa? E você não tem direito de apelação, não há advogado, ninguém pode defendê-lo, ninguém! Porque essa pessoa tem, além disso, todo o direito de exercer a sua própria justiça, de tomar vingança, de dar-lhe o que merece nesse mesmo instante. Teríamos, sem dúvida, um rosto de espanto, de horror.
Voltemos para Saulo de Tarso. Tudo o que ele tinha combatido como mentira, se torna agora, diante dos seus olhos, tudo como verdade! Tudo o que os cristãos tinham pregado, tudo era verdade. A verdade estava presente ali. Estevão, enquanto era apedrejado, havia dito palavras como estas: «Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do Homem assentado à mão direita de Deus…», e Saulo escutou tudo isso, e consentiu naquele martírio. Agora tem diante dele, nesse mesmo instante, nada menos que Aquele que tinha sido visto sentado à mão direita de Deus! E ele era culpado de obrigar os homens a blasfemar contra este Nome. Agora está aqui, diante dele. Que espanto!
«Mas, levanta-te...»
«Mas…». Que precioso é este «Mas…». Paulo está esperando que nesse momento lhe caia todo o peso da condenação. «Mas levanta-te…». Que alívio! Certamente se levantou tremendo dos pés a cabeça. «...levanta-te, ponha-se sobre os teus pés; porque para isto tenho aparecido a ti».
Esta não é uma boa notícia? O Senhor se aproxima de nós, não para nos esmagar pelo que merecem os nossos atos, mas para nos levantar. Do que o Senhor tem que nos levantar neste dia?
Paulo ia ser um apóstolo; mas, mais que a comissão pessoal, o que é o que lhe diz? «Te livrarei do teu povo e dos gentios a quem agora te envio, livrando-te do teu povo». Quer dizer, ‘Você é parte de um povo que me rejeitou, é parte de um povo que me condenou, que me levou para a cruz, é parte de uma sociedade que disse: crucifica-o, crucifica-o, e solta a Barrabás! Você é parte de um povo que me rejeitou e desprezou’.
«…levanta-te, e ponha-te sobre os teus pés». ‘Eu te livro do povo que me despreza, livro-te da sociedade que me rejeita, e dos gentios aos que agora te envio’. Os gentios são o resto do mundo, ignorantes e idólatras. Então somos libertados, por um lado, de quem tem rejeitado o Senhor e, por outro lado, de quem sem rejeitá-lo simplesmente o nega.
«…os gentios, a quem agora te envio». Que bom que o Senhor, por amor a todos nós, enviou-nos um homem (Paulo), que teve um encontro com ele, para que nos esclarecesse a verdade, e para que o seu testemunho sirva para que nós também o conheçamos. «Te envio...». Esta palavra é a mensagem para nós agora. Diz o Senhor: «…te envio para que abra os seus olhos». Lembrem-se é o Senhor Jesus que está falando. Quando ele nos olha, quando ele vê o homem, vê cegos.
Toda a criação nos fala das maravilhas de Deus – uma noite estrelada, por exemplo. Mas o homem não vê o Criador. Os grandes pensadores e cientistas deste mundo têm dito que «no meio de todas as descobertas da ciência, não há lugar para Deus». Ou seja, o homem mais sábio e inteligente perante os olhos dos homens, é um cego no que se refere a Deus.
Cada manhã quando o sol se levanta e nos dá a temperatura perfeita e apropriada para a vida. Quem faz isso, senão o Senhor? E quem deu a você inteligência e sabedoria para desenvolver-se na vida? Quem deu ao homem a prudência? Mas o homem não o vê. Quem deu a você esse filho por quem você se esforça? Esse olhar, esse sorriso do menino, Deus o deu! Mas Deus, que merece toda gratidão por seus dons, pela criação que nos fala cada dia, quanta retribuição recebe de nós?
O homem vive ignorando a Deus, o homem vive como se não houvesse Deus. Então é necessário que lhe abram os olhos; mas não estes olhos físicos, mas os espirituais, que lhe permitam ver o que não quer se mostrar visível. Não, Deus escolheu que isto fosse por fé. Eu era um cego, e agora vejo. Nós não poderíamos louvá-lo como o fazemos se o Senhor não tivesse aberto os nossos olhos para ver o seu amor, sua paciência, sua graça.
«…para que abra os seus olhos, para que se convertam…». Deus quer isto: que se convertam. Aqui fala o que tem autoridade, Aquele por cuja causa tudo foi feito. Fala o Rei, o Senhor; aqui fala o que conhece o presente e o futuro, que sabe o que espera a sua alma e a minha alma, diante do trono de Deus, naquele dia.
Ele sabe tudo; nós não sabemos nada. A única coisa que nós sabemos é que haverá uma mesa servida em casa, um filme à noite e que temos que trabalhar amanhã. Vivemos no tempo e no espaço das coisas pequenas que nos sucedem a cada dia; mas não sabemos o que virá. Se não nos convertermos, não sabemos o que nos espera. Mas o Senhor nos abre os olhos e ele quer que os olhos abertos nos levem a ‘conversão’. Esta é uma linguagem militar. Quando os militares partem, a conversão significa mudar a direção da marcha em sentido oposto.
Ou seja, vamos por um caminho que não é agradável a Deus, e você não necessita que eu o convença disso, porque você sabe. Mas o que o Senhor quer é que mudemos de direção. Se até aqui a sua vida estava tornando as costas para Deus –porque você anda por seu próprio caminho–, converter-se significa deixar o nosso próprio caminho e nos voltarmos para Aquele que está esperando, não para nos condenar, como acabamos de ler, mas para nos salvar, para nos resgatar, para nos levantar.
Das trevas à luz
E aqui diz: «…para que se convertam…». Que informação mais valiosa é esta! «… das trevas à luz». Aqui a cegueira concorda com as trevas. Porque o cego não vê; e porque não vê, tropeça. Sejamos claros, todos tropeçamos alguma vez. Não estou falando de uma pedra no caminho – tropeçamos na vida. Talvez, seria muito dizer: ‘Que fique em pé o que nunca tropeçou, que nunca pecou’. Não se levantaria ninguém, e se alguém se levantasse, não creríamos nele.
Em trevas andamos; não conhecíamos a luz. E aquele que aparece a Saulo de Tarso, o rodeia de luz, pois a luz é Ele mesmo. Bastou a sua presença para que a luz ultrapassasse a luz do meio-dia. «…para que se convertam das trevas à luz».
E à próxima frase, vou lê-la sem temor, porque é a palavra do meu Rei. Não posso acomodar palavras, porque esta mensagem não é minha. Vocês se dão conta, que quem fala aqui é o Senhor Jesus. «…para que abras seus olhos, para que se convertam das trevas à luz, e da potestade de Satanás a Deus». Sem metáfora, sem rodeios, o Senhor que conhece a verdade, ele sabe tudo. Ele sabe que as trevas têm ‘alguém’ que as preside.
O Senhor Jesus é a luz e ele preside no reino da luz, no reino de Deus. Quem não está com Jesus, quem não está com a luz, está com as trevas. E o que está em trevas, está sob uma potestade, está sob o governo de alguém que o obriga a ser de uma determinada maneira; a sua responsabilidade é parcial, não total. Você é responsável pelo que tem feito em toda a sua vida, mas a sua responsabilidade é parcial, porque se você tiver uma cegueira e não vê, então você não sabe o que faz.
Você e eu não sabemos o que fazemos; se soubéssemos, nós adoraríamos a Deus. Na cruz, nosso Salvador disse: «Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem». E o que os homens estavam fazendo? Estava crucificando o Salvador, o Senhor! Cada vez que alguém rejeita o Senhor, cada vez que alguém combate o Senhor, que põe uma barreira contra Cristo em seu coração, não sabe o que faz. O homem não sabe o que faz; acha que sabe; se acha inteligente, mas na realidade não sabe o que está fazendo. Mas há uma potestade que o mantém ali e ele não sabe.
Mas aqui, nesta ocasião, no caminho de Damasco duas potestades se enfrentam. O poder das trevas enfrentado pelo Rei da luz. Sabemos quem ganhou – o Senhor, somente com a sua presença. Não teve que tirar uma espada, não enviou anjos; bastou a sua presença. Recordemos que o Senhor já tinha vencido; na cruz, já tinha dado a Satanás o golpe mortal. E agora aparece o Senhor para salvar aos que estão debaixo dessa potestade e lhe diz: «levanta-te, converta-se, da potestade de Satanás a Deus».
Não há contraste maior que este: ser tirado da potestade de Satanás, não para fazer parte de uma religião a mais, mas para nos encontrar nada mais e nada menos do que com o próprio Deus!
Quando o Senhor Jesus aparece no caminho de Damasco, resgata um homem que estava debaixo da potestade das trevas, para que venha a ser de Deus. Agora será um homem de Deus, um homem que estará em paz com Deus, um homem que terá a Deus em sua vida. O Deus desprezado, o Deus que não tem recebido a nossa adoração como merece, a partir de agora nos terá por filhos. Ele será nosso Pai, nosso Deus. Que grande salvação é esta!
Perdão e herança
E segue, segue. Nós necessitávamos desta informação, porque o evangelho é uma boa notícia, é uma boa nova, porque esta informação nos convém! O Senhor está dizendo: «…para que recebam pela fé em mim, perdão de pecados». Ou seja, o Senhor é recebido pela fé.
Quando o Senhor nos vê, dizemos, ele vê o homem cego. Mas, além de cego, o vê no pecado. Mas, reiteramos: o Senhor não vem para nos esmagar por isso, vem para nos oferecer o perdão dos nossos pecados. «…para que recebam». Como não receber o que ele nos oferece?
«…para que recebam perdão de pecados». Em nossos dias, a palavra ‘pecado’ não está no vocabulário de nossa sociedade. É usado de forma muito leviana, quase como piada. Hoje, as pessoas falam do engano, da falta, da falha, da fraqueza humana. Pecado tem sentido só quando nos aproximamos de Deus. Quando nos aproximamos de Deus, a primeira coisa que descobrimos é que somos pecadores. No entanto, o Senhor aparece para nos oferecer o seu perdão. «…para que recebam, pela fé em mim, perdão de pecados». Para que o recebam!
Receber me faz lembrar a terra. Nossos campos sempre estão produzindo algo. Se não semearmos uma boa semente no campo, crescerá a erva daninha, o cardo, a sarça. Alguém diria: ‘Ninguém a plantou’. Não, alguém a plantou. Essa terra recebeu a semente da erva daninha, e se encheu de erva, e se tornou inútil; tudo o que há é erva daninha. Mas há outra terra. Irmão, esta terra que é o seu coração tem que receber a boa semente. Conforme a semente que receber, assim produzirá. Se até aqui só recebeste erva daninha, em sua vida não há mais que erva daninha, e estiveste colhendo erva daninha –amargura, tristeza, quebrantamento–, e tens ido mal, porque a sua terra só recebeu semente maligna. Mas o Senhor hoje nos está falando, e ele quer que recebamos esta boa semente.
«…para que recebam, pela fé em mim, perdão de pecados». Que precioso! Como o Senhor diz: ‘Não venho para castigar teu pecado, venho para perdoá-lo. Apareço para ti e te vejo em todos os teus pecados, Saulo, você tem colaborado para apartar às pessoas de mim, estiveste em companhia dos que me rejeitam, dos que me desprezam. Venho a ti, e te descubro em tua maldade. Você levou uns para a morte, a outros para blasfemar, mas eu vim a ti para te salvar’.
Quanta dessa fúria, dessa malignidade, está em você? E talvez você seja daqueles que nem suportam a si mesmos. Mas apareceu o Senhor, Aleluia! Não para condenar o homem que estava em seus pecados; apareceu como Salvador, para levantá-lo, para perdoá-lo, para restaurá-lo. Que boa notícia é esta! O Senhor, hoje, aqui, está oferecendo o mesmo. O Senhor põe à sua disposição o perdão de pecados, que se recebe por fé, só crendo nele.
Ponhamos como figura uma pessoa endividada. Quão endividado Saulo estava com Cristo! Ele fazia aquilo crendo que era seu dever, e muitas vezes castigou e perseguiu os cristãos. Este homem sim estava endividado. Levantava pensando: ‘O que vou fazer agora? Ah, irei a Damasco e lá seguirei perseguindo’. Endividou-se e endividou-se. Agora, ainda que vendesse a sua vida, não conseguiria pagar a sua dívida.
Imaginem a pessoa mais endividada da terra, e vem alguém que lhe diz: ‘Eu pago a sua dívida, te perdôo a dívida’. O que diria esse homem? Acaso diria: ‘Não, não; retorne outro dia’. Não seria isso uma loucura?
O credor, justo a pessoa com quem você se endividou, ele próprio te diz: ‘Ofereço-te o perdão de toda a tua dívida’. Eu creio que esta pessoa não faria nada mais que correr e abraçá-lo, agradecido. ‘Perdoou-me toda a minha dívida!’. Por acaso não é essa a condição do homem diante de Deus? Estamos tão endividados, como vamos pagar? Mas o Senhor disse: «...que recebam, pela fé em mim, perdão de pecados».
Como se isso fosse pouco, há algo mais: Suponhamos uma pessoa absolutamente endividada, que não tem nem como comprar pão, porque a sua dívida é muito grande. E no mesmo dia que lhe diz: ‘Já não há mais dívida’, ele pergunta: ‘Não devo nada, mas, com o que compro pão hoje?’. Olhem o que disse: «...para que recebam, pela fé em mim, perdão de pecados e herança entre os santificados».
O Senhor é tão maravilhoso que não só perdoa toda a minha dívida, mas também me enriquece, me dá uma herança. E como será a herança? Acaso o Senhor vai dar um salário mínimo? Irmão, diz a Escritura que os crentes são herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo Jesus. A herança que recebemos é a vida de Cristo, poderosa em nós para nos guardar.
Muita gente diz: ‘Sabe, eu não quero ir às reuniões porque, claro, posso ir uma vez ou duas; mas, e depois, quem me assegura que não voltarei a cair?’. Quantas pessoas não pensam assim! Esse é um dos argumentos religiosos que Satanás mais usa para enganar os homens. ‘Eu posso receber ao Senhor; mas, e se depois for infiel a ele? Melhor ficar como estou’.
Esse é o conceito que o homem tem. Mas o evangelho contém as duas partes! Cristo não só te perdoa, mas também te enriquece! Porque eu não tinha a vida de Deus antes; então, tudo o que fazia era pecar e pecar. Mas, desde que cheguei ao Senhor, ele me ofereceu o perdão dos meus pecados e me dá herança. Agora há uma vida poderosa dentro de mim, que me sustenta cada dia. Obrigado, Senhor, por seu grande amor!
Chamado vigente
Estas palavras são palavras do nosso Senhor. Você escutou esta manhã de um homem com todos os seus defeitos, mas este homem não é mais que um transmissor. Esta voz veio do Senhor. O Senhor veio à terra. Não mandou procurar Saulo para que fosse a um escritório; veio onde ele estava e o encontrou em seu pecado, em sua frustração, encontrou-o debaixo da potestade que o governava.
Será que alguém de vocês não esteja em uma condição semelhante? Será que há uma fúria incontrolável? Será que há um apetite incontrolável? Talvez, há coisas que você não pode evitar. Sim, porque esteve escravo, e, além disso, esteve participando de uma sociedade, que continuamente blasfema, desconhece e despreza ao Senhor. E você fez parte deste sistema.
Mas o Senhor nos chama para nos libertar. Vem a nós trazendo perdão e luz, trazendo herança, e um novo começo para a vida.
Lembrem que este Senhor não mudou. O Senhor está aqui hoje, da mesma maneira como esteve no caminho de Damasco, e está falando as mesmas palavras. Estas palavras não perderam a sua vigência. Cegueira? É obvio, em nossos dias há grande cegueira. Trevas? Muita gente hoje vive em trevas, escravos enfurecidos debaixo da potestade de Satanás. Isso é verdade. Mas o Senhor vem para nos trazer de volta para ele; não para condenar, mas para salvar.
O que o Senhor te diz? «levanta-te… e recebe». Essa palavra é para ti. Não fique mais enredado, prostrado, não fique mais sem Deus. Isto te acontece porque está sem Deus! Tem que converter-se da potestade de Satanás a Deus. O Senhor é que ordenará a sua vida, ele curará a sua vida, o Senhor porá em ordem a sua vida. Te dará perdão e herança; vida nova, para que vivas com ele, para que esteja com ele.
A conversão é para Deus, a entrega é para receber ao Senhor, a abertura do coração é para que entre a luz, para que de hoje em diante, o Senhor esteja presente em sua vida. Ele mesmo é a sua Salvação.
Obrigado Senhor!
(Resumo de uma mensagem compartilhada no Temuco em Outubro de 2008).