O gozo no serviço

O gozo do cristão consiste na missão cumprida segundo a perfeita vontade de Deus.

Roberto Sáez

A passagem de Provérbios 8:30-32 é um diálogo da Inteligência e a Sabedoria, sendo o Senhor Jesus Cristo a Inteligência e Deus o Pai a Sabedoria. A Inteligência dá testemunho dizendo: "Com ele estava eu ordenando tudo, e era a sua delícia de dia em dia, tendo alegria diante dele em todo o tempo. Regozijo-me na parte habitável da sua terra -talvez uma referência a Sião ou à igreja-; e minhas delícias são com os filhos dos homens. Agora, pois, filhos, ouvi-me, e bem-aventurados os que guardam os meus caminhos".

Em Filipenses, aparece a alegria como um tema bastante central. Dezoito vezes na epístola aparece a palavra 'gozo'; vamos ver alguns desses textos. "...Sempre em todas as minhas orações rogando com gozo por todos vós" (Flp. 1:4). "...Cristo é anunciado; e nisto me regozijo, e me regozijarei ainda" (1:18). "...completai o meu gozo..." (2:2). "...folgo e regozijo com todos vós. E deste modo folgai vós também e regozijai-vos comigo" (2:17). "Assim que o envio com maior solicitude, para que ao lhe ver de novo, vos regozijeis, e eu esteja com menos tristeza. Recebei-o, pois, no Senhor, com todo o gozo..." (2:28-29). "Assim, irmãos meus amados e desejados, gozo e coroa minha..." (4:1). "Regozijai-vos sempre no Senhor. Outra vez digo: Regozijai-vos!" (4:4). "Em grande maneira me gozo no Senhor ... aprendi a contentar-me, qualquer que seja a minha situação..." (4:10-13).

Na vida cristã, que se caracteriza também por ser uma vida de serviço, a fonte do serviço está no gozo do Senhor. Se não houver gozo do Senhor, não há nenhuma maneira de servir a Deus. A vida cristã seria uma carga pesada, seria um assunto que em vez de nos trazer alegria, traria insatisfação. Mas sabemos que a vida cristã é a vida mais feliz, a mais atrativa, a vida que alcança maiores êxitos.

A vida cristã é a vida do próprio Cristo, a vida que sempre existiu, a vida eterna que estava com Deus e que nos manifestou em Jesus Cristo. Não existe uma vida superior a vida cristã, porque a vida cristã é a vida de Deus. É a vida que compartilhava eternamente o Pai com o seu Filho, onde o Pai sempre estava comunicando a sua vida ao Filho, e o Filho também lhe devolvendo o mesmo efeito ao Pai, face a face, em uma eterna comunhão, em uma reciprocidade de dar e receber, na mutualidade de uma vida harmoniosa.

Se Deus fosse uma só pessoa, com quem estava deleitando-se eternamente, como tivemos lendo em Provérbios? A Inteligência e a Sabedoria se alegraram, deleitaram-se reciprocamente. Essa qualidade de vida, esse relacionamento de Deus Pai, Filho e Espírito Santo, em uma perfeita comunhão, convidam-nos a nos deleitar, a nos alegrar na perfeição, nos atributos santos e perfeitos que Deus tem.

Nessa relação, o Filho tinha o prazer de obedecer ao Pai. O Pai se sentia absolutamente ditoso de ter um Filho que era aprovado em tudo. Deus o Pai, é o pai mais feliz de todos, e o Filho de Deus é o mais feliz de todos os filhos.

"Deus te ungiu com óleo de alegria, mais que a teus companheiros". Essa unção do Senhor Jesus Cristo, que é a Cabeça, encontra a sua representação simbólica no Salmo 133, onde se fala da unção de Arão. A unção caiu sobre a sua cabeça e escorreu por sua barba -e em hebreu diz que penetrou entre as vestimentas superiores, quer dizer, que o azeite ungiu o seu corpo-, e desceu até a orla das suas vestimentas.

Nós somos o corpo de Cristo. Aquela unção da Cabeça foi transpassada para o corpo, assim que, o óleo da alegria que caiu sobre Jesus também nos alcançou. Por isso é que tantas vezes o apóstolo Paulo menciona a palavra 'gozo', e porque tantas vezes o Senhor Jesus falou profeticamente, dizendo: "Para que o seu gozo seja completo ... para que o seu gozo seja completo".

O que significa isto: que o nosso gozo esteja completo? Por acaso há um gozo que é incompleto? O gozo do Senhor é um gozo perfeito, é um gozo completo, e é um gozo que está também na igreja. Mas nós precisamos saber o que significa o gozo do Senhor.

No que consiste o gozo do Senhor

Não há satisfação maior do que alguém saber que está neste mundo com uma missão, que está aqui comissionado por Deus. Isso é o que significa a palavra Ungido, o Cristo. Significa ter uma missão. Saber que está neste mundo para cumprir uma missão, uma missão que foi encomendada do céu, do Pai, da pessoa que tem a maior autoridade, e que está aqui para cumprir essa missão, isto constitui um grande motivo de alegria.

Mas, além disso, saber que tem o poder para cumprir a missão, isso aumenta um pouquinho mais o gozo. E, além disso, saber que conhecem as regras, os caminhos de Deus, conhece a maneira justa como proceder, constitui mais um pouquinho de gozo.

E quando está aqui, e o primeiro dia que dá por inaugurado o ministério de Cristo, vem pelo batismo de João no rio Jordão, a pomba, o Espírito Santo, e Jesus é ungido para cumprir a sua missão. E saber que a partir desse momento a unção do Santo, a plenitude do Espírito está com ele, isto já é um gozo tremendo, indescritível.

Saber que está aqui para cumprir uma missão com todas estas condições, isto já é o gozo do Senhor de uma maneira como talvez nunca pudéssemos imaginar.

Quando o Senhor Jesus começa o seu ministério, é levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado por Satanás o diabo. Irá começar realizar a obra que o Pai lhe encomendou, e tem que enfrentar quarenta dias de jejum, com ninguém menos que Satanás o diabo. E enfrenta a ele como homem, não como Deus.

E o nosso Senhor tem a satisfação, o gozo, no início do seu ministério, de vencer a Satanás. Quando alguém triunfa, alegra-se. Quando as coisas resultam em bem a alguém, alegra-se. Se o Senhor Jesus tivesse fracassado em sua missão, não teria tido o seu gozo completo.

A idéia do gozo completo é que em cada missão, em cada obra, em cada enfrentamento com o mal, em cada enfrentamento com Satanás, em cada situação da vida, frente a um doente, frente a um morto, frente ao que partiu, o Senhor tinha vindo para cumprir uma missão e tinha que fazer as coisas como Deus lhe tinha ordenado que as fizesse. E tem que enfrentar todo tipo de estratagemas e sutilezas com que Satanás queria fazê-lo cair. E desde o primeiro momento do seu ministério, o Senhor Jesus está vencendo.

O Senhor Jesus venceu o pecado na carne, na natureza humana -não na carne como se ele tivesse vencido com as suas próprias forças- sendo um homem cheio do Espírito Santo, um homem cheio da vida de Deus. O Senhor Jesus não usou a sua própria natureza divina para enfrentar as situações, mas ele dependeu em tudo de Deus, do seu Pai, e da comunhão com o Espírito Santo, para cumprir a missão que o Pai lhe encarregou.

Esta é a vida cristã. A vida cristã tem uma maneira de ser, tem um estilo de vida. E esta vida consiste em que o Filho sempre agradou a Deus. Agradou-o sempre na eternidade com a sua vida divina, e agora o está agradando em uma nova natureza. Está agradando ao Pai com a sua natureza humana, rendendo-se ao Pai, sujeitando-se ao Pai, obedecendo ao Pai e cumprindo a sua missão.

Jesus tem o prazer, o gozo de obedecer ao Pai, até as últimas conseqüências. Diz: "Porque um corpo me preparaste", entrando no mundo, "como no rolo do livro está escrito de mim, o fazer a tua vontade me tem agradado". O Senhor Jesus encontra uma complacência, uma satisfação, em fazer a vontade daquele que lhe enviou. Este é o gozo do Senhor.

Queremos conhecer no que consiste o gozo do Senhor, porque o gozo do Senhor é a nossa fortaleza para servir, porque o gozo do Senhor é a satisfação da vida cristã. Esta satisfação é a que tem que estar em todos nós para poder servir ao Senhor eficazmente.

Nosso Senhor o experimentou ao longo do seu ministério, quando teve que curar um doente, quando teve que tratar com uma mulher pecadora, quando teve que tratar com os homens legalistas, quando teve que tratar com todas as estruturas da vida social, da vida política, enfrentar os herodianos que eram políticos, enfrentar os fariseus que eram religiosos, enfrentar aos pecadores que eram para quem ele principalmente tinha vindo para salvar.

E no cenário desta vida ele está como navegando em diversas situações, enfrentando situações. As suas palavras causam desconforto, quebram esquemas. Suas intervenções, ao fazer milagres, ao perdoar uma mulher pecadora, ao confirmar o perdão dos pecados para certas pessoas, tudo o que faz o Senhor Jesus causa uma complicação na estrutura mental dos homens.

O Senhor encontra satisfação em viver aqui neste mundo como homem e enfrentar este mundo com todos os seus problemas, e que encontra satisfação na forma como ele vai vivendo, vai cumprindo a sua missão. Ele tem a vida mais feliz, ele tem a unção mais alegre, ele é a pessoa mais feliz que existiu em todo o universo, ele está aqui para esta realidade, para trocar o lamento em dança, a noite em dia, a morte em vida. Ele está aqui para fazer este tremendo milagre. Gloria ao Senhor!

O gozo da missão cumprida

A vida cristã, que é a vida de Cristo, é a vida mais atrativa. De todas as vidas que existem, não há nenhuma mais atrativa que a vida de Cristo. Por isso, nunca houve alguém que tenha sido escrito tantos livros. Já João, quando escreveu o evangelho que leva o seu nome, disse que se fossem escritos as coisas que Jesus fez, as coisas que Jesus ensinou, não caberiam os livros no mundo.

O mundo está cheio de livros que foram escritos a respeito da pessoa do Senhor Jesus Cristo. Nunca foi dedicado a ninguém tantos acordes musicais tão maravilhosos. Nunca a ninguém foram feitas canções tão belas como ao Senhor Jesus. Nunca ninguém reuniu tantas pessoas em torno de si como o Senhor Jesus. Nunca ninguém foi capaz de reunir tantos profissionais que lhe rendam a vida, tantos homens inteligentes que abandonem algo valioso desta vida para servir ao Senhor. A ninguém jamais os homens se renderam tão absolutamente como ao nosso Senhor Jesus Cristo. É que ele é o mais ditoso de todos, é que ele é o mais feliz, o mais perfeito.

Os homens medem a felicidade por seus êxitos. Um homem sente que a sua vida está realizada quando obtêm coisas, como um bom emprego, uma casa, quando pode sustentar uma família, comprar um bom automóvel, ou quando pode educar os seus filhos. Mas, quem pode ter mais êxitos que o Senhor Jesus Cristo?

O Pai lhe deu o universo, todas as coisas - e não só isso, mas também ele depois as recuperou com a sua obra redentora e obteve o que jamais ninguém poderia ter obtido. Se medíssemos a felicidade pelos êxitos, não há ninguém que tenha mais êxitos do que o nosso Senhor Jesus Cristo. Ele foi capaz de sofrer a cruz, porque diante dele havia um gozo. Pelo gozo posto diante dele, sofreu a cruz, desprezou o opróbrio, e por ter obtido isso, sentou-se à mão direita da majestade nas alturas. Gloria ao Senhor!

O gozo do Senhor somos nós. Quando João escreve a respeito deste gozo, ele fala que este gozo veio e se manifestou em forma de uma vida, uma vida que apalpamos, que temos tocado, que vimos. Assim João fala desta vida, a vida de Deus, do céu, a vida eterna, a vida suprema se manifestou. Temo-a visto, temo-a tocado, temo-a escutado.

João deu testemunho desta vida, e disse que esta vida era a vida da comunhão entre o Pai e o Filho, e que esta vida era a que anunciavam os apóstolos. O anúncio deles era esta vida. E diz João em 1ª João 1:4: "Para que o seu gozo seja completo". No grego, este texto diz mais exatamente: 'Porque o seu gozo está completo'. Não diz: 'Para que o seu gozo esteja completo', mas sim diz 'porque o nosso gozo está completo'.

Há satisfação no êxito, há satisfação quando as coisas vão bem, quando tudo nos resulta em bem. E o Senhor Jesus foi prospero nas coisas que o Pai lhe encomendou. Ele tinha que vir salvar os pecadores, tinha que vir curar os quebrantados de coração, tinha que vir libertar os oprimidos, e em todas estas coisas o Senhor Jesus foi vitorioso.

E por isso ele, no final do seu ministério, nessa oração sacerdotal do capítulo 17 de João, quando ele conversa com o seu Pai lhe diz: "Pai, devolva-me aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse. Pai, eu acabei a obra que me deste para fazer". Ainda não tinha ido para a cruz e já estava dando por concluída a obra. Tinha vivido três anos e meio, e nos três anos e meio fez tudo bem. Estava concluindo a sua missão.

O Getsemani foi um ponto crucial no ministério de Jesus. Ali o gozo poderia ter ficado incompleto. "Pai, se houvesse outra forma...", mas finalmente disse: "Que se faça como tu queres e não como eu quero". E venceu mais uma vez. Mais uma vez viu o gozo diante dele, mais uma vez pôde sofrer e pôde desprezar o sofrimento. Porque na vida cristã podemos ver que o sofrimento está ali, que o problema está ali, que a amargura está ali, mas que o gozo do Senhor é superior a qualquer dor, a qualquer adversidade.

É verdade que todo o seu ser foi estremecido ao ter que enfrentar a cruz. E o seu maior temor não é tanto enfrentar a cruz, mas sim falhar na missão que o Pai lhe encomendou, porque se ele falhar, o gozo fica incompleto.

Em seguida temos o Senhor enfrentando a morte. E ainda fica algo por fazer. No inferno, na mansão dos mortos, ele tem que enfrentar o imperador da morte. Tem que produzir uma reconciliação do céu com a terra, porque no céu tinha havido uma parte das criaturas de Deus que se rebelaram, e isso não tinha sido reparado. Deus não tinha sido ainda reivindicado em sua autoridade.

O Autor da vida veio para enfrentar o império da morte, veio para cumprir a profecia: "OH, morte, eu serei a tua morte, OH morte, eu serei a tua praga" - como diz uma versão em português. Aqui está o Autor da vida. Está enfrentando o maior inimigo. Está por cumprir-se a obra mais maravilhosa, está por conseguir o maior êxito: enfrentar a morte e destruí-la. E o nosso Senhor não tem necessidade de usar nenhuma diplomacia para enfrentar o inimigo, mas avança até o seu assento e arrebata-lhe as chaves da morte e do Hades. Gloria ao Senhor!

Nosso Senhor enfrentou o pior inimigo, e o inimigo tem esgotado as suas armas. Jesus é a vida. Ele sabe que a morte não pode destruir a vida. Ele sabe que a morte sujeita somente os pecadores. Ele não tem pecado, ele venceu, ele tem uma folha inatacável. Sabe que o inimigo pode lhe fazer nada, ele está confiado, ele está feliz, ele está pleno, está ditoso. Tem o gozo mais perfeito.

Então ele vai, abre os ferrolhos das prisões onde as almas dos redimidos estavam cativas, tira-as dali e as leva. E levou cativo o cativeiro, e subiu ao céu, e subiu em ressurreição triunfal e gloriosa, e subiu e subiu, e nada pôde detê-lo.

E lá encima nos céus os anjos com aclamações recebem o seu Rei, Àquele que venceu, Àquele que reconciliou o céu com a terra, porque mediante o sangue da sua cruz reconciliou as coisas que estavam no céu com as coisas que estavam na terra. E o Pai o esperava com a coroa de honra e de glória, e o Pai exalta o Filho, porque se humilhou, porque venceu, e lhe dá o nome que é sobre todo nome, dizendo: "Eis aqui, Jesus é Senhor e Cristo". Aleluia!

Pode haver um gozo maior que esse? Podemos imaginar a festa que houve nos céus? Terá havido uma festa em toda a história da humanidade mais celebrada? Terá havido um motivo de alegria maior que o nosso Senhor tenha retornado para a glória, com o triunfo, com a satisfação, com o gozo da missão cumprida? Haverá uma satisfação maior?

O gozo do Senhor é o nosso gozo

Não há ninguém que tenha uma satisfação maior do que aquela que obteve o nosso Senhor Jesus Cristo. E este é o gozo que tem a igreja, esta é a fortaleza que tem a igreja. Daqui obtém a igreja o poder para servir, daqui obtemos o poder para viver. Daqui obtemos a grande lição que temos que tirar para poder viver a vida cristã em todas as suas exigências - porque a vida cristã, assim como teve exigências para o nosso Senhor, tem-nas para nós também, porque nós temos que viver a mesma vitória do Senhor.

A sua guerra não foi uma guerra distinta da que nós temos. Nós temos que enfrentar o inimigo com os mesmos passos que deu o Senhor, com uma vida rendida, com uma vida crucificada. Temos que enfrentar esta vida e enfrentar o mal e enfrentar o inimigo.

O Senhor venceu o inimigo; o inimigo já está vencido. Mas, por alguma razão, o programa de Deus contempla que o maligno ainda esteja fazendo as suas maldades neste mundo. O programa de Deus contempla o mal, embora Deus não seja o autor do mal. O programa de Deus para o nosso aperfeiçoamento contempla o mal para o nosso ajuste. Porque se o mal não existisse, com o que nos provaria, com o que nos ensaiaria, com que Deus obteria o objetivo do que ele tem proposto fazer conosco?

Assim que o mal, embora não sendo originado em Deus e não é a vontade de Deus, no entanto Deus o permite porque em seu programa ele quer nos aperfeiçoar. Mas o que temos que ter claro é que o inimigo já está vencido, e o gozo que tem o Senhor é saber que ele tem o poder, que ele cumpriu a missão.

Você tem que saber que tem uma missão. Você foi chamado. Todos os que estão aqui, que somos do Senhor, fomos chamados. Fomos chamados para seguir as pisadas do Senhor. E nós estamos aqui para reproduzir a vida cristã.

E a vida cristã contempla o serviço, contempla o gozo, contempla a vitória. Portanto, o mesmo que viveu o Senhor Jesus Cristo a igreja tem que viver. E por isso, não há nada que possa nos fortalecer mais, nada que possa nos animar mais, nada que possa nos sustentar mais que saber no que consiste o gozo do Senhor.

A vida cristã não é uma ilusão, não é uma mera aspiração - a vida cristã é uma perfeita realidade. E nós estamos aqui para experimentar a vida cristã. E se parte da vida cristã é servir, então vamos servir. E se parte da vida cristã é ter tal qualidade de vida que sejamos capazes de vencer as adversidades, desprezar as dores e angústias - então eu me agarro a vida cristã.

Se ser um cristão implica em servir ao Senhor, eu estou disposto a servir-lhe. E isto é o que diz o apóstolo Paulo. Por isso que fala: "Regozijem-se, alegrem-se. Outra vez lhes digo. Não estejam ansiosos por nada, não estejam preocupados com nada, não estejam angustiados por nada. Sejam conhecidas as vossas petições diante de Deus". E todos estes conselhos práticos, de onde vêm senão de alguém que aprendeu a estar contente em qualquer que seja a sua situação?

Paulo está no cárcere. Estar privado da liberdade é uma situação incômoda. Mas desta posição, do cárcere, Paulo escreve quatro epístolas: Colossenses, Efésios, Filipenses e a carta a Filemom. Quando Paulo estava ditando estas cartas, aqueles soldados escutaram tudo o que Paulo ditava, tudo o que compartilhou às igrejas. E, o que vocês pensam que aconteceu com esses homens?

Quando ele termina a epístola, diz: "os da casa de César". Quem são os da casa de César? Certamente os soldados que receberam a palavra e se converteram escutando os ensinos de Paulo. "Assim, irmãos, quero que saibam que estar preso para mim redundou em benefício do evangelho, assim, pois eu me alegro, regozijo-me de estar assim, nestas condições. Portanto, não estejam preocupados comigo".

Irmãos, este é o gozo do Senhor. O seu gozo é o nosso gozo! Aleluia!

(Versão editada de uma mensagem ministrada em Rucacura, janeiro de 2007).

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