Da Cruz à glória (2)

O caminhar do cristão exemplificado nos patriarcas do Antigo Testamento.

Hoseah Wu

Noé e a vida escondida em Deus

Noé é o tipo de homem que não só andou com Deus, mas também teve um caminhar escondido em Deus. A manifestação externa de nosso caminhar depende dessa vida escondida que temos com ele, porque aquilo que está no interior é real, e Deus está olhando para o coração. Deus está muito interessado em sua condição interior. Noé nos fala de uma vida escondida em Deus. Quando Noé e sua família entraram na arca, Deus fechou a porta - Deus desejava que Noé fizesse daquela arca a sua habitação permanente.

Deus não queria que Noé estivesse na arca por um breve tempo. Quando Deus fecha a porta, o faz com uma boa razão, e se ele fechar a alguém dentro da arca, não há como escapar. Aquela era uma grande arca, uma verdadeira moradia flutuante. Alguém está na arca para permanecer, por isso Noé nos fala de uma vida escondida. Quando nós temos uma vida escondida, Deus pode nos revelar o segredo do seu coração.

Estou seguro que quando vocês falam com outros, irão descobrir quem conhece as coisas profundas de Deus, e ao saber como vivem, descobrem que eles vivem uma vida escondida. Deus está procurando àqueles a quem pode confiar os seus segredos, porque os usará como vasos para fazer a sua obra de restauração.

Temos que ser libertados das aparências externas; precisamos desenvolver uma vida interior muito forte no espírito. Essa é a vida no Senhor que possuía Noé; por isso, Deus podia falar com ele livremente. Vamos ler algumas passagens e ver como Deus falava livremente com Noé.

"Disse, pois, Deus a Noé: Tenho decidido o fim de todo ser, porque a terra está cheia de violência por causa deles; e eii que eu os destruirei junto com a terra" (Gên. 6:13). Assim, Deus falou de juízo. Depois, ele revela a Noé a sua maneira de salvar aqueles que ele queria que escapassem do juízo: "Faze para ti uma arca..." (V. 14). O juízo vem; no entanto, há um caminho: fazer uma arca. E Deus dá a Noé as instruções específicas para a sua construção: "E desta maneira a farás" (V. 15). E o verso 22 diz: "E assim fez Noé; fez conforme a tudo o que Deus lhe mandou".

A arca foi construída durante uns cento e vinte anos, e quando já estava pronta, Deus disse: "Esta é para ti, para a sua esposa, para os seus três filhos e suas esposas". No entanto, Deus acrescenta: "Toma contigo sete pares de animais limpos, e dois pares de todos os outros animais. Quero que ponha estas vidas dentro da arca, para que sejam preservadas com a sua vida".

Recentemente, em uma Conferência em New Jersey, um irmão nos deu uma muito boa explicação de como esses animais puderam entrar na arca. Deus disse: "Ponha todos esses animais contigo na arca". Irmãos, como Noé fez para pôr todos esses animais dentro da arca? Quando Noé entrou na arca, então entraram também os animais.

Do lado de fora, havia morte e juízo, mas a vida de todos aqueles animais dentro da arca foi preservada. Se aqueles animais pudessem falar, eles diriam: "Dou graças a Deus porque falou com Noé sobre a arca, e dou graças a Deus pela obediência de Noé ao construir a arca. Minha vida foi preservada porque Deus falou com Noé, e Noé foi obediente".

Recentemente, tive uma experiência incomum. Em uma Conferência de jovens em Toronto (Canadá), fazíamos nossas orações matinais, e em uma ocasião um irmão orou dizendo: "Senhor Jesus, dou graças por sua obediência; se não fosse por sua obediência, eu não estaria aqui". Se nós estivermos na arca sãos e salvos, é por causa da obediência do nosso Senhor Jesus. Não temos como agradecer ao Senhor.

Nossa obediência é freqüentemente graça salvadora para os que estão ao nosso redor. Cada uma das assembléias locais que o Senhor em sua soberania levantou, foi possível porque há uns poucos que estão dispostos a obedecer a vontade de Deus. Disso nos fala a vida de Noé.

Também em nossas famílias, a restauração espiritual dos filhos depende da obediência do pai ou da mãe. Por causa da obediência de Noé, muitas vidas foram preservadas. Por causa da obediência de Cristo, somos o que somos hoje. Graças a Deus pela obediência de Jesus Cristo, obediência que o levou até a morte, e morte de cruz.

Sabemos que há dois tipos de morte. Há um tipo de morte que é causada pelo pecado, é um tipo de morte justa. Se pecarmos e morremos por causa disso, isso é justiça. No entanto, há outro tipo de morte distinta. Paulo, em sua segunda carta aos Coríntios disse: "A morte opera em mim para que a vida possa atuar em vós". Não é a morte a causa do pecado, mas sim o morrer para dar vida a outros.

Assim, Noé estava disposto a obedecer, e ele sofreu, foi ridicularizado; no entanto, ele teve por verdadeira a palavra de Deus, e não só trouxe salvação a si mesmo, mas também a toda a sua família e a toda a criação. E não é de surpreender que em Romanos nos diz que toda a criação geme pela adoção dos filhos, quer dizer, toda a criação está aguardando ser libertada da maldição. Quando nós chegarmos à maturidade que Deus deseja, toda a criação será restaurada.

Abraão e os altares

Como sabemos, Deus apareceu e falou com Abraão pelo menos seis ou sete vezes. E Abraão levantou quatro altares. Vamos referir-nos ao princípio relacionado com esses altares. O altar nos fala da cruz. Por um lado, o altar nos fala de adoração, de comunhão com Deus. No entanto, é também o lugar onde Deus fala contigo. Deus nos fala quando o adoramos.

Nós temos a idéia errada de que quando estamos adorando, Deus está passivo. Mas esta é uma compreensão equivocada. Vou lhes dar um exemplo: Deus chamou Moisés para subir ao monte Sinai pelo menos duas vezes, por períodos de quarenta dias e quarenta noites. Em ambas as ocasiões, Moisés se aproximou de Deus para lhe adorar. Não é possível aproximar-se de Deus sem o adorar. Deus está sempre mais disposto a dar do que a receber algo de nós. Quando nós o adoramos, damos a Deus uma oportunidade para que ele nos dê mais de si mesmo.

Como Moisés recebeu o modelo do tabernáculo? Como ele recebeu os Dez Mandamentos? Aproximando-se da presença de Deus, e adorando em sua presença. Nós pensamos que nos aproximamos de Deus para satisfazer-lhe; no entanto, quando o adoramos, nós somos satisfeitos. Durante os quarenta dias e quarenta noites que Moisés esteve no monte sem comer nem beber, quem satisfez a ele? Deus satisfez a Moisés.

Quando Deus te satisfaz, você não necessita de mais nada. Estas são algumas das coisas que temos que aprender juntos.

Moré, em Siquém

Então, chegamos ao primeiro altar de Abraão: "E passou Abrão por aquela terra até o lugar de Siquém, até o carvalho de Moré; e o cananeo estava então na terra. E apareceu Jeová a Abrão, e lhe disse: À sua descendência darei esta terra. E edificou ali um altar a Jeová, quem lhe havia aparecido" (Gên. 12:6-7).

Quando chegamos aonde Deus nos envia, então ele pode começar a nos ensinar. Deus não podia ensinar a Abraão enquanto este estava na Mesopotâmia. Nem podia lhe ensinar nada quando estava em Harã. Só quando Abraão chegou ao lugar que Deus lhe tinha mandado, então Deus pode começar a lhe ensinar.

Este é um princípio muito importante. Há pessoas que são ensinadas por Deus todo o tempo; por outro lado, outros não recebem ensino em nenhum tempo. Uns estão aprendendo sempre mais de Cristo; no entanto, há outros que nunca aprendem algo mais sobre ele. Para aprender dele, terá que estar no lugar onde ele nos ordenou; então ele nos ensinará.

Qual é a primeira lição que ele está nos ensinando? 'Moré' significa ensinar, ou ser ensinado; 'Siquém' significa ombro. Ou seja, se quisermos aprender um pouco de Deus, temos que estar preparados para responder a ele. Quando chegamos ao lugar onde Deus nos ordenou, ele pode nos ensinar uma lição muito preciosa. É no lugar onde Deus nos ordenou que somos capazes de cumprir com as nossas responsabilidades, porque tudo aquilo que ele nos pede, primeiro ele nos dá.

Deus é justo. Antes que ele nos peça alguma coisa, ele já preparou a provisão. Quando chegamos ao ponto onde Deus nos ordenou, ali estará a sua provisão, e agora ele poderá nos ensinar e seremos capazes de responder. E isso é muito importante para aqueles que estão procurando o Senhor e para aqueles que querem ver o testemunho do Senhor totalmente restaurado: Temos que estar com ele onde ele quer que estejamos e ouvir a sua palavra, e responder a sua palavra. E a razão pela qual nos ensina é porque ele mesmo já nos deu a capacidade de responder.

Bet-el

O segundo altar é Betel. De um lado temos Betel, e do outro temos Ai. Abraão construiu um altar ali, e a Bíblia nos diz que ele construiu esse altar por uma razão: para invocar ao Senhor. Agora, quando desejamos responder a Deus, descobrimos que em nós está a carne. Abraão edificou esse segundo altar para invocar o nome do Senhor, porque ele descobriu que em si mesmo não tinha esperança. Ele desejava responder, mas descobriu que a carne ainda estava nele.

Quer dizer, quando estamos no lugar que Deus nos ordenou, vamos descobrir nossa própria carne, e é nesse lugar que Deus tem uma via para tratar com a carne.

Ontem compartilhávamos com os jovens que se nós não virmos quão terrível é o nosso pecado, nunca vamos pedir a Deus que nos liberte do pecado. O mesmo ocorre com a carne. Se não vermos quão aborrecível é a carne aos olhos de Deus, nunca clamaremos por libertação. É no lugar de Deus, ou seja, em Cristo, que tudo isto é exposto, não para nos condenar, mas sim para nos libertar. Abraão percebeu que havia carne nele, e ele quis invocar o nome do Senhor e pedir ajuda. Um irmão disse que um dos motivos pelos quais invocamos o nome do Senhor é porque reconhecemos que em nós não há solução. Se não soubermos quão incapazes somos, nunca vamos clamar pela ajuda de Deus.

Assim Deus estava ensinando a Abraão que nele ainda há carne que precisa ser tratada por Deus. De maneira que Deus permite que venha a fome sobre a terra, e Abraão começa a discorrer como poderá preservar a sua própria vida. A terra prometida não tinha comida; mas havia comida no Egito. Em Cristo, a terra prometida, não há comida; no entanto, há comida no mundo!

A carne é fraca. Quando Abraão foi ao Egito, descobriu quão terrível era a sua carne. Trouxe vergonha para si mesmo e para a sua família, e foi expulso. Finalmente, retornou a Canaã. O lugar aonde ele retornou outra vez foi para o altar em Betel. Esse é o altar da restauração, o altar onde a carne vai ser salva, quando clamamos a Deus para sermos libertos dela.

Manre

Vamos ver agora o terceiro altar, no final do capítulo 13. Conhecemos a história, depois da separação de Ló. O terceiro altar estava no lugar chamado Manre, que significa força, riqueza. Ou seja, quando nós estamos dispostos a aprender, dispostos a permitir que a nossa carne seja tratada, então podemos chegar a um lugar de riqueza. É quando a carne foi tratada, que Deus pode nos confiar as suas riquezas.

Vocês se lembram da luta entre os servos de Abraão e os de Ló. Abraão disse: "Esse não é um bom testemunho diante dos cananeos; somos irmãos e não devemos brigar". Ele foi muito generoso. A terra tinha sido prometida a ele. No entanto, disse ao seu sobrinho Ló: "Tome o que você quiser; se for para a direita, eu irei para a esquerda; se for para a esquerda, eu irei para a direita". Isto ia contra as tradições próprias do oriente, pois o costume era respeitar os mais velhos, e estes tinham o direito de escolher. No entanto, Abraão estava disposto a renunciar os seus direitos.

E aqui temos um princípio muito importante: Para descobrir as riquezas de Deus, temos que estar dispostos a renunciar os nossos direitos, temos que recusar procurar o nosso próprio bem. Tiago diz que toda boa dádiva vem do alto, de Deus. Com isto, Abraão nos diz: "As minhas riquezas estão com Deus. Eu não vou brigar; deixarei tudo nas mãos de Deus". E quando ele fez isso, encontrou a verdadeira riqueza no seu Deus, e estava tão agradecido e tão satisfeito, que não desejava nada mais.

Uma pessoa que está verdadeiramente satisfeita com Deus não é alguém que esteja sempre desejando ter coisas para si mesmo. Aqui está a prova. No princípio do capítulo 14, temos o relato da guerra entre os reis, e como Abraão e seus servos resgataram a Ló. Quando eles retornaram vitoriosos, o rei de Salém abençoou a Abraão, ele veio só para confirmar a bênção de Deus sobre a vida de Abraão. Deus já o tinha abençoado, e o rei veio confirmar esse fato. E quando o rei de Sodoma quis dar a Abraão alguns dos despojos da batalha, Abraão recusou-os.

"Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, tirou pão e vinho; e lhe abençoou, dizendo: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, criador dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os seus inimigos em sua mão. E Abrão deu-lhe os dízimos de tudo. Então o rei de Sodoma disse a Abrão: Dá-me a mim as pessoas, e toma para ti os bens. E respondeu Abrão ao rei da Sodoma: Levanto minha mão a Jeová Deus Altíssimo, criador dos céus e da terra, que de um fio até uma correia de calçado, nada tirarei de tudo o que é teu, para que não digas: Eu enriqueci a Abrão" (Gên. 14:18-23).

Nós já fomos abençoados ricamente, porque Deus já nos deu tudo. Que mais poderíamos pedir? Sempre eu vejo irmãos e irmãs, como agora quando vim ao Chile, e quando vejo os irmãos sorrindo, penso que eles já estão tão abençoados. Que mais posso dizer? Então, o que estamos fazendo é descobrir juntos as nossas riquezas. É a ocasião em que nós descobrimos quais são as riquezas que já temos em Cristo Jesus.

Quando somos abençoados, já não queremos nada do mundo. Este mundo não nos pode satisfazer, o mundo religioso não pode nos satisfazer. No entanto, damos graças a Deus, porque ele já nos tem satisfeito plenamente, e tudo o que temos que fazer é simplesmente descobrir tudo o que Deus já nos deu. Não é necessário sequer pedir, apenas descobrir o que já recebemos.

Moriá

E, finalmente, o último altar. Este é o mais significativo. Esta é uma crise na vida de Abraão. É uma prova real da fé que Abraão tinha no seu Deus, uma prova de amor do coração de Abraão para com o seu Deus. Quando Deus apareceu a Abraão nesta ocasião, não houve promessas, somente uma ordem. O amor tem as suas demandas.

O irmão Stephen Kaung diz que, quando Abraão ofereceu a Isaque, foi o momento em que Abraão se tornou mais parecido com Deus. Quando Abraão ofereceu o seu filho, ele testificou a respeito de como é Deus, e Deus se agradou de Abraão, e reafirmou o seu pacto com ele. E desta oferta de Isaque, Rebeca entra em cena. E da ressurreição de Isaque, ele ganhou uma noiva para si mesmo.

Eu quero que vocês considerem a diligência, a determinação de Abraão para obedecer a demanda de Deus, sem duvidar. Quando alguém nos faz uma demanda que parece sem sentido, é comum que alguém duvide. Mas aqui Abraão não duvidou de Deus. Vimos como Abraão atuou de maneira decidida. Ele sabia que Deus não era alguém irracional. Porque a promessa de Deus a Abraão é que através da sua semente ele seria abençoado, e Deus não pode ir contra a sua palavra. Abraão pensou que se ele sacrificasse a seu filho era responsabilidade de Deus fazê-lo ressuscitar. Deus não pode falhar.

"Aconteceu depois destas coisas, que provou Deus a Abraão, e lhe disse: Abraão. E ele respondeu: Eis-me aqui" (Gên. 22:1). No versículo 2, Deus fez a demanda, e no versículo 3, Abraão respondeu imediatamente. "E Abraão se levantou de manhã cedo, e albardou o seu jumento, e tomou consigo dois de seus servos, e a Isaque seu filho; e cortou lenha para o holocausto, e se levantou, e foi ao lugar que Deus lhe disse" (V. 3). Imediatamente, ele fez tudo. Esta passagem está cheia de ação, para obedecer a demanda de Deus. É um versículo que fala profundamente ao meu coração.

"Ao terceiro dia levantou Abraão os seus olhos, e viu o lugar de longe. Então disse Abraão aos seus servos: Esperem aqui com o jumento, e eu e o moço iremos até ali e adoraremos, e voltaremos a vós" (V. 4-5). "Voltaremos a vós!". Irmãos e irmãs, Deus não é um Deus de morte, é um Deus de vida. No meio da morte, ele dá vida; esse é o poder da ressurreição, esse é o poder de Deus.

No meio do impossível, Deus diz: "É possível". No meio da morte, há vida. O nosso testemunho é que, no meio da morte, há vida. No meio da aparente derrota, há grande vitória. É assim como nós vemos. E graças a Deus, porque é ele quem preserva o seu testemunho, que transcorre através de muitos ciclos de morte e ressurreição. Esse é o caminho de Deus: a vida que sai da morte.

O testemunho da igreja tem o lado da morte, e também o lado da ressurreição. Morte e ressurreição. Sem morte, não há ressurreição. Abraão sabia que, embora houvesse morte, Deus era o Deus da ressurreição.

Ao concluir, queria encorajar os irmãos e irmãs. Na China, depois que os comunistas tomaram o poder, muitos concluíram que o cristianismo iria desaparecer, porque o comunismo é basicamente anticristão. Depois que os comunistas tomaram o governo, todos os missionários foram expulsos do país e muitos servos de Deus foram encarcerados, e muitos morreram na prisão. Poderíamos pensar que isso era o fim. Mas no meio da morte, houve ressurreição, houve vida.

Muitos podem testificar que a China é hoje um dos poucos lugares onde podemos encontrar o verdadeiro testemunho de Jesus Cristo. Os crentes ali dão graças a Deus pela perseguição e dão graças pelo comunismo, e eles dizem que o comunismo e a perseguição os purificaram e os fizeram um em Cristo. O testemunho é que, no meio da morte, há vida; no meio da derrota, há vitória, e isso é para que Deus receba a glória.

(Resumo de uma mensagem ministrada na 2ª Conferência Internacional, Santiago do Chile, Setembro 2005).

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