ÁGUAS VIVAS
Para a proclamação do Evangelho e a edificação do Corpo de Cristo
Limites da vida humana
Uma visão científico-bíblica da longevidade humana.
Ricardo Bravo
A longevidade dos seres humanos tem variado grandemente nos últimos 400 anos. Se olharmos para a Europa nos arredores de 1600, a média de vida não superava os 30 anos, enquanto que no século vinte, o ciclo de vida do homem aumentou para mais do dobro, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Por exemplo no EE.UU., passou-se de uma expectativa média de vida de 50 anos nos inícios do século XX, a uma média de 77 anos no começo do século XXI, esperando-se que esta média aumente até os 85 anos em 2125 (Roberts & Rosenberg. 2006).
A OMS predice que se agora houver no mundo 380.000 pessoas que ultrapassaram a fronteira dos 100 anos, dentro de cinqüenta anos serão mais de 3 milhões os que alcançarão uma longevidade igual. Este tema da longevidade tem atualmente uma relevância crucial na ciência, sendo abordado com múltiplas linhas de investigação.
Teorias sobre a longevidade
Os cientistas levam anos debatendo sobre a longevidade humana e o processo do envelhecimento. Enormes cifras de dinheiro são gastos em investigação em laboratórios de países desenvolvidos sobre este tema. Os fatores que envolvem são variados, destacando os genéticos, ambientais e a qualidade de vida (alimentação e exercício físico).
Desde a metade do século passado surgiram teorias a respeito de como chegamos a envelhecer. Uma das primeiras foi a teoria nervosa, a qual assinala que este processo ocorre no nascimento, devido à morte de células nervosas que em sua maioria não se reproduzem. Uma segunda teoria é a das mutações; esta se apóia nas alterações que experimenta o DNA de nossas células ao longo da vida, e que dependendo do ambiente mais ou menos poluído em que nos vemos obrigados a viver, ou do tempo que temos sido expostos a algum tipo de radiação ionizante, haverá mais ou menos mutações em nossas moléculas de DNA. O DNA é o que tem a informação chave do ser vivo, seja para regenerar células e tecidos que se vão danificando, ou para produzir moléculas importantes para a célula.
Recentemente surgiram teorias um pouco mais complexas, como a dos radicais livres; moléculas que se geram continuamente em nosso organismo como resultado do metabolismo celular. Estas moléculas tendem a reagir com outras moléculas e as danificar. Entre as vítimas destes radicais livres estão o DNA, as proteínas e os lipídios, quer dizer, as estruturas vitais das células. Como resultado, produzem enfermidades associadas com a idade como o Alzheimer, a arteriosclerose, ou com desordens no funcionamento celular como o câncer. Alguns estudos indicam que uma dieta rica em substâncias antioxidantes (vitaminas E, C), presentes em frutas e verduras, poderiam retardar o envelhecimento e de algumas enfermidades que lhe associam. Comprovou-se além que as dietas pobres em calorias diminuem a geração de radicais livres com os conseguintes benefícios sobre a longevidade.
Os anos e os telômeros
Mas sem dúvida, a teoria que tem despertado a maior atenção dos biólogos moleculares, com uma profusa investigação de excelente qualidade, é aquela referida a umas importantes estruturas localizadas bem no interior das células, as que se denominam telômeros (Zakian 1995, Chong et ao. 1995, Do Lange 1998, Vogel 2000, Sinclair & Guarente 2006). Os telômeros protegem as extremidades dos 46 cromossomos que estão no núcleo de nossas células, onde se encontram os genes com seu valioso DNA.
Para entender melhor a forma e função desta tão pequena estrutura, foi feito uma analogia muito prática entre um cromossomo com seus telômeros nas extremidades e um cordão de sapato com as suas partes plásticas nas pontas. Em ambos os casos as proteções das pontas evitam que se desintegre o cromossomo ou que se desfie o cordão. Os telômeros ao manter íntegro o cromossomo, permitem que este possibilite uma divisão celular adequada. Se não houver divisão celular, não será reposto os milhões de células que se perdem constantemente em nosso tubo digestivo ou em nosso sistema sangüíneo, por exemplo.
A alguns anos foi descoberto que a cada nova divisão celular, perdia-se uma pequena fração destas seqüências protetoras ou telômeros. Assim os telômeros se vão encurtando a cada divisão das células até que chega um momento em que já não podem manter a estabilidade dos cromossomos e a célula morre. Por isso as células de uma pessoa adulta têm menor capacidade para dividir-se do que as células de uma pessoa jovem.
Deste modo os telômeros controlam o envelhecimento, funcionando como um relógio da divisão celular, lançando um rol fisiológico fundamental na manutenção de diferentes processos malignos. Por isso, alguns cientistas acreditam que durante a velhice, aumenta a vulnerabilidade às enfermidades e à morte, devido às mesmas células se encontrarem já no limite de suas possibilidades, com seus telômeros muito reduzidos. Mas curiosamente, este mecanismo não funciona assim em algumas células como as embrionárias ou as cancerosas, as quais se dividem sem limites, convertendo-se em células virtualmente «imortais» (King et ao. 1994, Shay 1998, Pérez et ao. 2002). Isso nos faz pensar que as outras células do corpo puderam ter ou ter tido uma capacidade similar de reprodução e com isso, permitir uma longevidade ao ser humano muito maior.
O envelhecimento humano atual é notado muito claramente na pele, na debilitação da musculatura corporal e na atrofia de cartilagens e ossos, mas os numerosos estudos realizados apontam que os últimos responsáveis por estes processos de deterioração são os telômeros cromossômicos. Este último tem aberto uma importante linha de investigação científica por meio da qual se espera dentro de poucos anos utilizar medicamentos que controlem a duração e integridade dos telômeros e com isso, tratar distintas enfermidades. Por exemplo, a artrose poderia ser controlada por meio de substâncias potenciadoras da enzima telomerasa, restituindo a atividade reprodutora das células, como também para frear o câncer, cujas células se reproduzem incontrolávelmente, utilizariam-se inibidores da telomerasa para que deixassem de reproduzir-se e deste modo, já não formem tumores.
Caso chegassem a controlar de forma adequada algumas das variáveis que atuam na longevidade (fatores genéticos, radicais livres, telômeros), a esperança máxima de vida a que poderia aspirar um ser humano, aumentaria grandemente. De acordo com o registro Guinness, a pessoa mais idosa que viveu até esta data, e da qual se tem seu registro oficial de nascimento, foi a francesa Jeanne-Louise Calment, que chegou a viver 122 anos e 164 dias (1875-1997).
Curiosamente, esta idade coincide com o registro bíblico, o qual assinala que são 120 anos a idade máxima a que poderia chegar uma pessoa (Gênesis 6:3), embora em média, o Salmo 90 declara que a vida do homem é de 70 anos. Por certo que a idade máxima de Gênesis, Deus a estabelece depois de concluir que o aumento da população humana trazia consigo um aumento também da maldade. Antes desta época, nos primordios da humanidade, as pessoas podiam viver até 8 vezes mais do que viveu a francesa Jeanne-Louise Calment, a que tem o recorde de longevidade. Soa irracional viver 900 anos?
Idade literal ou simbólica?
Com certa freqüência a Bíblia é afrontada porque certas passagens se referem a temas que parecem inverossímeis ou que não se ajustam ao conhecimento científico vigente, embora muitas vezes não se faz o esforço por relacionar certos achados da ciência com relatos bíblicos que foram estigmatizados em outro tempo, e portanto, ficaram marcados com uma etiqueta de absurdos. Em Gênesis assinala que antes do dilúvio, as idades com que podiam chegar as pessoas eram várias vezes maiores das que podemos alcançar na atualidade. Ali se registra que Adão morreu aos 930 anos (Gênesis 5:5), que Sete viveu até os 912 anos (5:8) e Matusalém (o mais idoso dessa época) alcançou até os 969 anos de idade (Gênesis 5:27).
É certo que a primeira vista, e com nossa experiência do ciclo de vida atual, fica difícil de aceitar estas enormes idades para o ser humano: é como viver em média 8 vidas em relação ao que vivemos hoje. Tem sido escrito bastante a respeito, entretanto todos os esforços que se tem feito para explicar esta grande longevidade de maneira distinta a forma literal em que se assinala na Bíblia, fracassaram. Têm-se dito, por exemplo, que um ano equivaleria a um mês ou a três meses (Siculus 1985), porque teriam usado o ciclo lunar para estabelecer as idades. Este argumento é desmontado por várias razões, mas só duas delas bastam para descartá-lo. Em primeiro lugar, ao rebaixar a idade deste modo, várias pessoas dessa época terminam sendo pais com idades infantis; por exemplo se dividirmos por 12 (1 ano = 1mês), Enoque, teria gerado a Matusalém entre os 5 e 6 anos de idade (Gênesis 5:21), Sete, teria sido pai de Enos com cerca de 9 anos de idade (Gênesis 5:6). Em segundo lugar, o termo «ano» nunca é usado em função do ciclo lunar no Antigo Testamento.
Outro argumento contra uma interpretação literal dos anos em Gênesis 5, foi que o registro bíblico não representaria idades pessoais, mas sim dinastias ou linhas familiares (Borland 1990). Mas esta teoria é derrubada quando descobrimos relatos bíblicos de encontros e relatos pessoais entre pais e filhos como é o caso de Gênesis 5:32; «e sendo Noé da idade de 500 anos, gerou a Sem, a Cão, e a Jafé», e posteriormente aparecem coexistindo dentro do arca em Gênesis 7:13; «neste mesmo dia entraram Noé, e Sem, Cão e Jafé, filhos de Noé.....». Tampouco concorda esta postura com outras passagens tais como Hebreus 11:5,7, aonde se faz referência às pessoas (Enoque e Noé neste caso) e não a seus clãs ou famílias.
Têm-se dito também que a visão de tempo hebréia no período que foram gerados os fatos assinalados em Gênesis (mais de 2000 anos A.C.), apoiava-se no sistema de numeração sexagesimal sumério ou babilônico (de onde provêm as unidades do tempo, por exemplo), e não no sistema com base decimal, que teriam adotado depois, quando Abraão, logo depois de abandonar a Mesopotâmia, habitou na Palestina, onde ele e seus descendentes entraram em contato com os egípcios, que usava o sistema decimal (Hill 2003).
O resultado da larga idade dos patriarcas, segundo esta proposta, seria simbólica e não literal, onde se tem que fazer uma rebuscada multiplicação e soma da idade cronológica da pessoa com números considerados preferidos (o 3 e 7 por exemplo). Esta labiríntica e subjetiva proposta foi questionada ao ser feito cálculos com algumas idades. Por exemplo, a idade de Lameque (Gênesis 5:31), sobe de 777 anos de acordo com o registro bíblico, a 3333 anos, ao convertê-lo para a notação numérica com base 6 (Godfrey 2005). Além disso, têm-se que ter em conta que o escritor de Gênesis foi Moisés, formado com os mais altos padrões da cultura egípcia, tendo portanto o sistema decimal como base numérica.
Outras críticas apontam geralmente porque não existem evidências científicas para corroborá-lo. Entretanto, a enorme quantidade de estudos realizados sobre genética e reprodução celular, alguns dos quais foram citados a propósito neste artigo, contribuem com evidências mais que suficientes para reafirmar a veracidade literal do relato bíblico. Por exemplo, o rol que cumprem os telômeros na divisão celular, o qual está estreitamente ligado com a longevidade do ser humano, e corroborado pelas células embrionárias e cancerosas que se dividem quase sem limitações. Esta capacidade enorme de reprodução celular bem pôde ter ocorrido não só a algumas, mas também às demais células do organismo no início.
Sobra-nos DNA
Outros interessantes trabalhos realizados na Universidade de Glasgow, no Reino Unido (Monaghan and Metcalfe, 2000, 2001), têm descoberto uma relação significativa entre a longevidade de um organismo e o tamanho do genoma (conjunto de DNA que guarda a informação para «construir» o organismo inteiro). São estudos complexos que têm que esclarecer ainda várias dúvidas, mas que já alcançaram importantes resultados. Esses trabalhos analisaram a variação entre o tamanho do genoma e a longevidade em 67 espécies de aves e encontraram que as aves com genomas mais longos vivem mais tempo que aquelas aves em que seu genoma é mais curto. Que relação tem isto com o nosso genoma? Tem uma importante relação à luz dos resultados de um enorme e extenso estudo conhecido como «Projeto Genoma Humano». Este estudo mostrou que os humanos têm um genoma muito extenso, entretanto o DNA ativo ou útil de nossas células é só de 3% (Glad 2006). Quer dizer, existem uns 97 % de nosso DNA que esta inativo ou que não codifica (falando em linguagem genética), o qual engloba diversos tipos de seqüências, tanto únicas como repetidas.
Para que serve esta grande quantidade de genoma inativo? A ciência não o deixa claro. O certo é que o relatório científico sobre a decifração do genoma humano, em particular sobre este DNA inativo, está repleto de termos como «misterioso», «função desconhecida», «enigma não resolvido» (Murphy et ao., 2001). Este DNA de função desconhecida foi chamado a principio DNA selfish (egoísta) e em seguida, com o avanço das investigações, e talvez o aumento da frustração por não chegar a compreender sua função, foi chamado DNA «junk» (desperdício ou sucata).
Tem sentido biológico que a maior parte de nosso DNA seja desperdício? Talvez terei que formular a pergunta de outra forma. Este enorme DNA que está hoje inativo em nossas células, pôde alguma vez ser funcional, em certa etapa da história humana em que as células pudessem tê-lo ocupado, por exemplo para codificar proteínas e prolongar a vida do homem por muito mais tempo do que vive agora? Alguns biólogos evolutivos poderão expor diversas hipóteses a respeito, mas creio que também é perfeitamente válido expor a hipótese que essa grande quantidade de DNA pôde utilizar-se em uma percentagem muito maior alguma vez na história biológica humana, para possibilitar uma longevidade várias vezes superior a atual; atendo-se estritamente à evidência científica.
Se os biólogos moleculares dentro em pouco poderão regular a longevidade humana através do controle da reprodução celular, terá podido o Autor da vida na terra, condicionar uma longa vida no início a suas criaturas e em seguida deixá-la limitada por meio destes fatores que vimos? (telômeros e longitude do genoma), porque estas não responderam a seu plano originário de habitar com o homem em uma longa comunhão. O Senhor nos recorda em Isaías qual é o propósito pelo qual Ele criou aos que deviam ser seu povo, «....Para minha glória os criei, formei-os e os fiz» (43:7). Contrariamente, suas criaturas só desejavam separar-se de seu Criador e praticar o mal, por isso Deus antes do dilúvio mostra seu desencanto por elas, e pensou eliminar da terra o gênero humano (Gênesis 6:7), mas Noé acha graça diante dos olhos do Senhor, que decide dar ao homem uma nova oportunidade (Gênesis 6:8).
O Senhor deu mostras, na Bíblia, de regular a quantidade de anos de seus filhos em função de se estes são ou não obedientes a seus mandatos. Uma importante proposição de prolongação da vida humana na terra, está estabelecida como mandamento do início da relação entre Deus e aquele que será seu povo. Trata-se de uma poderosa promessa nos momentos em que se estabelece o pacto de Deus com o povo hebreu, logo depois de sua libertação do Egito. Lemos em Êxodo 20: 12: «Honra a seu pai e a sua mãe para que seus dias se prolonguem na terra que o Senhor, seu Deus, te deu». Com isto o Senhor nos assinala de forma categórica, que a longitude da vida humana está sob seu controle, acima de fatores tais como a genética ou outros, que ficam relegados a segundo plano.
O freio da vida
O Senhor anuncia em Gênesis 6:3, 5 que o ser humano continuamente mostrava inclinação para o mal, por conseguinte perdia sentido que vivesse tanto tempo, e por isto modifica o seu plano original, diminuindo a idade do homem até no máximo de 120 anos. Além das prováveis modificações biológicas a nível celular e molecular (DNA) que teriam encurtado a vida, algumas mudanças ambientais importantes ocorridas depois do dilúvio puderam ter afetado também a longevidade humana. As condições atmosféricas pré-diluvianas teriam sido muito diferentes das atuais, devido a atmosfera ter uma grande quantidade incorporada de água, certamente em forma de vapor (Gên. 1:6-8), a qual atuava como um filtro natural ante certas radiações cósmicas e solares daninhas que limitam fortemente a vida. Esta capa de água atmosférica teria precipitado durante o dilúvio (Gên. 7:11-12), deixando os organismos vivos sobre a superfície terrestre mais expostos a mutações e ao dano celular por radiação.
O fato de que esteja tão marcadamente exposta a data de morte em várias partes do capítulo 5 de Gênesis, sugere que Moisés ao escrevê-lo, foi especialmente dirigido assim por Deus, para que pudéssemos fazer a diferença entre as duas etapas da história humana na terra. Uma no princípio, com o primeiro plano de Deus, em que o homem viveria por muitos anos, inclusive depois da queda de Adão e Eva em desobediência; e outra, em uma segunda etapa, a que foi produto da enorme multiplicação da maldade humana, onde o Senhor decide diminuir os anos de vida do homem a cerca de 10% da idade considerada originalmente, trocando inclusive seus hábitos alimentares de vegetariano, para incluir na dieta alimento animal (Gên. 9:3).
Este último também trouxe uma série de conseqüências nefastas para a sua saúde, como o aumento de radicais livres daninhos, diminuindo com isto sua vida e conduzindo outras importantes alterações na natureza criada inicialmente perfeita por Deus, mas desvirtuada pelo homem, as quais se expressam claramente na ecologia e zoologia atuais (Bravo 2005).
Idade milenar restaurada
As importantes evidências provenientes da biologia molecular, no sentido de que pode existir uma biologia distinta com respeito ao funcionamento celular e a longevidade humana, apontam para lhe outorgar credibilidade literal às largas idades vividas por pessoas antes do dilúvio, relatadas na Bíblia. Entretanto, tão ou mais importante ainda, é o fato que ao enfatizar-se vez após vez em Gênesis 5 os longos anos de vida do homem no princípio, permite relacionar o propósito inicial do Senhor de viver em harmonia na terra com sua criatura especial por longo tempo, com sua promessa apocalíptica de retomar este propósito originário de reinar com o homem, agora restaurado pelo sacrifício de Cristo, na era milenar descrita em Apocalipse 20. Se recordarmos que Matusalém viveu perto de um milênio, tem muito sentido o paralelo destes parágrafos bíblicos do início e final da Escritura.
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